O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Irmã Vera Cruz — Mensagens familiares de Vera Cruz


PARTE II — APÊNDICES

Apêndice A n

APÓSTOLOS DE JESUS; SANTOS DA IGREJA CATÓLICA; TEÓLOGOS; FUNDADORES DE RELIGIÕES E UM PASTOR PROTESTANTE NAS OBRAS COMPLETAS DE ALLAN KARDEC

Percorrendo as Obras Completas de Allan Kardec, em Português, à cata de mensagens do Espírito de Francisco de Assis, e nada encontrando, resolvemos ampliar nossa pesquisa, verificando a presença, nas referidas obras dos contemporâneos de Jesus e de outros seguidores vinculados à Igreja Católica e à Reforma Protestante, além dos fundadores de religiões.

Por não encontrarmos qualquer comunicado mediúnico de Francisco, no admirável edifício kardequiano, de forma alguma, se pode deduzir que o admirável Amigo de Assis aí não esteja presente.

Assim como aconteceu com o Espírito de José de Anchieta, dentro da Obra Mediúnica de Francisco Cândido Xavier, isto é, comparecendo com o nome adquirido em existência posterior, o de Frei Fabiano de Cristo, Francisco bem pode ter colaborado, ou melhor, participado da equipe de O Espírito de Verdade, com o nome de um amado discípulo do Cristo, talvez para não suscitar polêmicas nos arraiais católicos dos coetâneos do Codificador, ou por motivos que nos fogem à ótica de análise.

Isto posto, esclarecemos que seguimos a ordem cronológica de publicação das obras kardequianas, sendo que os números em algarismos romanos se referem aos volumes da Revista Espírita, e os arábicos às questões — itens — dos demais volumes de Allan Kardec, e às páginas da aludida Revista.


  PENTATEUCO KARDEQUIANO

1 — O LIVRO DOS ESPÍRITOS (1857):

1.1 — São Luísn o coordenador da equipe O Espírito de Verdade, além dos “Prolegômenos”, assina as respostas às seguintes questões: 495 (em parceria com Santo Agostinho); 664; 1004 a 1008; 1010; 1018 (a última do livro).

1.2 — São João Evangelista (desde cedo considerado o “discípulo que Jesus amava”, segundo se admite, desencarnou em Éfeso, no ano 100): “Prolegômenos”.

1.3 — Santo Agostinho: (354-430): “Prolegômenos”; 495 (em parceria com São Luís); 919; 1009; parte final do item VIII da “Conclusão”.

1.4 — Paulo, Apóstolo (10 d.C - 67): 1009 (em parceria com outros Espíritos — Santo Agostinho, Lammenais e Platão).

1.5 — São Vicente de Paulo (1581-1660): “Prolegômenos”; 888.

1.6 — Sr. Monot, pastor protestante de Paris, desencarnado em 1856: 665.


REVISTA ESPÍRITA
JORNAL DE ESTUDOS PSICOLÓGICOS — 12 volumes (1858-1869)
(Tradução de Júlio de Abreu Filho, Edicel, São Paulo, 1966)

[NOTA: A partir daqui este capítulo foi rediagramado pelo compilador. As referências à Revista Espírita se posicionaram depois da Gênese e antes das Obras Póstumas.]


2 — O LIVRO DOS MÉDIUNS (1861):

2.1 — Cap. IV, 51 — “Sistemas” — resposta assinada por Lamennais.

2.2 — Cap. V, 94 — “Manifestações físicas espontâneas” — oito respostas assinadas por São Luís; 98 e seguintes: Erasto, discípulo de São Paulo.

2.3 — Cap. VII — “Bicorporeidade e transfiguração” — 119 — “dois exemplos tirados não das lendas populares, mas da história eclesiástica” — Santo Alfonso Liguori e Santo Antônio de Pádua; evocado o Espírito de Santo Alfonso, com registro de suas respostas. n

2.4 — Cap. VIII — “Laboratório do, Mundo Invisível” — 128: respostas de São Luís.

2.5 — Cap. XVI — “Médiuns Especiais” — Erasto: 189 sobre “Médiuns noturnos”; 193 — sobre “Médiuns filósofos e moralistas”; 196 — sobre “Médiuns orgulhosos”; 197 — sobre “Médiuns seguros”.

2.6 — Cap. XIX — “Papel do Médium nas Comunicações Espíritas” — 225: de Erasto, em parceria com Timóteo.

2.7 — Cap. XX — “Influência Moral do Médium” — 230: de Erasto.

2.8 — Cap. XII — “Das Evocações” — 30: comunicação espontânea de Channing sobre a ubiquidade, questão que fora objeto de discussão numa das sessões.

2.9 — Cap. XXXI — “Dissertações Espíritas” — “Sobre o Espiritismo” — I: Santo Agostinho; V: São Bento; VI: São Luís; VII e VIII: Channing; IX: a mensagem que aparece no item 5 do Cap. VI de O Evangelho Segundo o Espiritismo, assinada pelo Espírito de Verdade. Aqui, Allan Kardec ousou colocar o nome de Jesus de Nazaré, apesar de que “a superioridade incontestável da linguagem e dos pensamentos, deixando a cada um o cuidado de julgar se aquele do qual ela traz o nome, a desaprovaria.” X: “Sobre os Médiuns” — Channing; XII: Joana D’Arc; XIII: Pascal; XVI: “Sobre as Sociedades Espíritas” — Santo Agostinho; XVII, XVIII e XIX: São Luís; XX e XXVI: São Vicente de Paulo; XXI e XXII: Fénelon; XXIII: São Luís; XXV: Massilon; XXVII e XXVIII : Erasto, discípulo de São Paulo.

Dentre as mensagens apócrifas — de XXIX a XXXIV — ao final desta última, comunicação de São Luís mostrando que o autor daquela página, de forma alguma, não poderia ser o de Bossuet.


3 — O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO (1864):

3.1 — Adolfo, Bispo de Argel: Cap. VII, 12; XII, 11; XIII, 11.

3.2 — a) Agostinho: XII, 15. — b) Santo Agostinho: I, 11 (sobre ele e Santa Mônica, sua mãe); III, 13 a 15; V, 19; XII, 12; XIV, 9; XXVII, 23.

3.3 — Dufétre, Bispo de Ners: X, 18.

3.4 — a) Erasto: XXI, 9. — b) Erasto, anjo guardião do médium: XX, 4.

3.5 — Fénelon: I, 10; V, 22 e 23; XI, 9; XII, 10, XVI, 13.

3.6 — João, Bispo de Bordéus: X, 17.

3.7 — João, o Evangelista: VIII, 18.

3.8 — Lacordaire: V, 18; VII, 11; XVI, 14.

3.9 — Lamennais: XI, 15.

3.10 — Lázaro: IX, 6 e 8; XI, 8; XVII, 7.

3.11 — a) Luís: XXI, 8. — b) São Luís: IV, 24; V, 28 a 31; X, 19 a 21; XIII, 20; XVI, 15.

3.12 — François-Nicolas-Madeleine, Cardeal Morlot: V, 20; XVII, 8 e 9.

3.13 — Pascal (1623-1662): XI, 12; XVI, 9.

3.14 — Paulo, Apóstolo: X, 15; XV, 10.

3.15 -Simeão: X, 14; XVIII, 16.

3.16 — Vianney, Cura D’Ars: VIII, 20.

3.17 — São Vicente de Paulo: XIII, 12.

3.18 — Francisco Xavier: XII, 14.

3.19 — Um Espírito Israelita: I, 9.


4 — O CÉU E O INFERNO (1865):

4.1 — 2ª Parte — Cap. II — “Espíritos Felizes” — Carta de Sanson se referindo a “São Luís, nosso presidente espiritual.”

4.2 — 2ª Parte — Cap. II, 13 — “Jobard I”: Resposta à pergunta 9: diz ver os Espíritos de Lázaro e Erasto, além de O Espírito de Verdade pairando no espaço.

4.3 — Idem — Mensagem de Bernardim, que foi missionário, depois de uma existência de muitas provações, entre 1400 e 1460.

4.4 — 2ª Parte — Cap. III — “Espíritos em Condições Medianas” — Mensagem da Sra. Anna Belleville — duas respostas de S. Luís.

4.5 — Idem, Cap. IV — “Espíritos Sofredores” — Mensagem de Lisbeth. — Palavras do guia do médium — Santo Paulino.

4.6 — Idem — Mensagem de Ferdinand Bertin, que assinou François Bertin. — Comentário de S. Luís a esta mensagem.

4.7 — Idem — Mensagem de Claire. — Comentário de S. Luís e várias respostas dele.

4.8 — 2ª Parte — Cap. VI — “Criminosos Arrependidos”. Comunicação de Benoist. — Apontamento de Paulino, guia do médium.

4.9 — Idem — “O Espírito de Castelnaudary” — Resposta de S. Luís.

4.10 — 2ª Parte — Cap. VII — “Espíritos Endurecidos” Lamennais sobre Lapommeray (I). Erasto (II).

4.11 — Idem, Cap. VIII — “Expiações Terrestres” — Sobre o menino Marcel: — Santo Agostinho.

[4.12 — Idem, Cap. VIII] — Sobre o Espírito de Antônio B…, que foi enterrado vivo: — Erasto.


5 — A GÊNESE (1868):

5.1 — Cap. XV — “Os Milagres do Evangelho” — 53: “Tentação de Jesus” — Mensagem de João Evangelista, Bordéus, 1862.


  REVISTA ESPÍRITA
JORNAL DE ESTUDOS PSICOLÓGICOS — 12 volumes (1858-1869)
(Tradução de Júlio de Abreu Filho, Edicel, São Paulo, 1966)

1 — São Francisco de Salles (1567-1622) — Bispo de Genebra: III, 129.

2 — Frederico (talvez se trate de São Frederico, bispo de Utrecht, assassinado em 838, quando celebrava missa): II, 241.

3 — Santo Agostinho: XI, 15.

4 — Channing (William Ellery), escritor e teólogo americano (1780-1842), cognominado “o Fénelon do Novo Mundo”: III, 264; 367; IV, 4; 35; 173.

5 — São Cipriano (210-258), Padre da Igreja latina e mártir: XI, 16.

6 — Dante Alighieri (1265-1321), altíssimo poeta e franciscano da Ordem Terceira: IV, 334; VIII, 186.

7 — Thomaz Liber Erasto (1524-1583), médico, filósofo e teólogo: IV, 261; 264; V, 109; 125; 205; VI, 225; VII, 16; VIII, 49; XI, 50; 53; 125; 205; 284; 288.

8 — Fénelon (1651-1715), famoso prelado francês: II, 232; III, 128; IV, 238; 330; VI, 61; VIII, 31; XI, 47; XII, 67.

9 — São Gregório de Nazianzeno (330-390), teólogo e padre da Igreja Grega: XI, 15.

10 — João Huss (1369-1415), reformador religioso e um dos precursores da Reforma: XII, 196.

11 — Joana D’Arc (1412-1431), heroína francesa, canonizada em 1920: I, 30; XII, 175.

12 — Lacordaire (1802-1861), célebre padre francês: V, 90; VIII, 247; X, 43; 95; XI, 47.

13 — Lamennais (1782-1854), outro famoso padre francês: III, 267; 345; 368; 372; 410; IV, 2; 167; 201; 273, 281, 288; 411; V, 44; 59; 92; 124; 151; 176; 217; 252; 319; VI, 159; 226; 317; VIII, 207; 209; 216; XI, 49.

14 — João Gaspar Laváter (1741-1801), teólogo, poeta e filósofo suíço, foi o criador da Fisiognomonia n: XI, 71.

15 — Leão X (1475-1521). Trata-se de Giovani de Médicis. Embora não eclesiástico, foi eleito papa, no conclave de 1513. Excomungou Lutero, em 1521, facilitando a eclosão da Reforma: IV, 41; 66.

16 — São Luís (cf. acima, o item 1.1) [do PENTATEUCO KARDEQUIANO]: presente em todos os volumes da Revista Espírita.

17 — Maomé (570-632): IX, 225 e 321.

18 — Massilon (Jean-Baptiste). Prelado e famoso orador sacro (1663-1742): IV, 135 - 333.

19 — Moisés (13º séc. a.C.): III, 131.

20 — São Domingos (1170-1221). Contemporâneo de Francisco de Assis e fundador da Ordem dos Irmãos Pregadores, em 1215: IV, 340-341. — [Item acrescentado depois da 1ª Edição.]

21 — Swedenborg (Emmanuel). Teósofo sueco (1688-1772): II, 324 e 330.

22 — Vianney, o Cura D’Ars (Jean-Baptiste-Marie): Canonizado por Pio XI, em 1925, célebre pelo seu culto constante à caridade: (1786-1859): VI, 223.

23 — Pascal (Blaise). Geômetra, físico, filósofo e escritor francês (1623-1662): IV, 336; VII, 49; VIII, 147; 149; 152; XII, 13.


OBRAS PÓSTUMAS (1890)

1 — “A Segunda Vista — Conhecimento do futuro. Previsões”. — Sobre Joana D’Arc.

2 — “Teoria da Beleza” — Mensagem de Laváter — pp. 170-171 (14ª edição popular, — melhorada, FEB, Rio, 1975, Tradução de Guillon Ribeiro). 3 — Resposta de Erasto, sobre A Vida de Jesus, de Renan — pp. 311-312.

4 — Mensagem de Inocente — em vida, arcebispo de Táurida. — (“Precursores da tempestade”) — pp. 312-314.


Nas demais obras de Allan Kardec, escritas por ele ou compiladas por outros depois de sua desencarnação — Instruções Práticas Sobre as Manifestações Espíritas; O Que É o Espiritismo; O Espiritismo em sua Mais Simples Expressão; Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita; O Principiante Espírita; Viagem Espírita; Obsessão e Caracteres da Revelação Espírita — nenhuma referência encontramos aos objetos de nossa pesquisa.


Elias Barbosa



NOTA: Esse capítulo passou pela rediagramação do compilador, que colocou sequencialmente as obras do Pentateuco Kardequiano antes das complementares.


[58] Sobre São Luís, Rei de França, também conhecido por S. Ludovico (1214-1270), leiamos o Capítulo XXXIV de “I Fioretti” — “De como São Luís, Rei de França, pessoalmente, em forma de peregrino, foi a Perugia em visita ao santo Irmão Egidio”. Patrono da Ordem III, junto com Santa Isabel da Hungria, foi canonizado em 1297, pelo papa Bonifácio VIII.


[59] João Mohana, em Amor e Responsabilidade (Livraria Agir Editora, Rio, 2ª edição, 1967, p. 371, registra “Santo Afonso de Ligório; e Carlos Heitor Cony, em “O Carnaval e o Menino” (Manchete nº 1.454, Ano 28, Rio, 1º de março de 1980), “Santo Afonso Maria de Ligório”.


[60] Sobre Laváter, consultemos o excelente trabalho do Dr. Hércio Marcos Cintra Arantes — “Laváter — Um Precursor da Doutrina Espírita”, Anuário Espírita 1969, pp. 96-103.


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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