O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão.
Doutrina espírita - 1ª parte.

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Revista espírita — Ano III — Novembro de 1860.

(Idioma francês)

DISSERTAÇÕES ESPÍRITAS.

Recebidas ou lidas na Sociedade por vários médiuns.

Pensamentos avulsos.

Ó homens! como sois soberbamente orgulhosos! Vossa pretensão é realmente cômica. Quereis tudo saber e vossa essência se opõe a esta faculdade de compreensão universal. Não chegareis a conhecer esta maravilhosa Natureza senão pelo trabalho perseverante; não tereis a alegria de aprofundar esses tesouros e de entrever o infinito de Deus, senão quando vos melhorardes pela caridade, fazendo todas as coisas do ponto de vista do bem para todos, e referindo esta faculdade do bem a Deus, que, na sua generosidade inigualável, vos recompensará além de toda expectativa.


Massilon. n


Como muitas vezes se diz, o homem é o joguete dos acontecimentos. De quais acontecimentos se quer falar? Qual seria sua causa, seu objetivo? Jamais se viu nisso o dedo de Deus. Esse pensamento vago e materialista, mãe da fatalidade, perdeu mais de um grande Espírito, mais de uma profunda inteligência. Sabeis o que disse Balzac: “Não há princípios; só há acontecimentos.” Isto é, segundo ele o homem não tem mais livre-arbítrio; a fatalidade apodera-se dele no berço e o conduz até o túmulo. Monstruosa invenção do Espírito humano, esse pensamento abate a liberdade, isto é, o progresso, a ascensão da alma humana, demonstração evidente da existência de Deus. O homem que se deixasse assim conduzir seria escravo de tudo: dos homens e de si mesmo! Ó homem! examina-te. Nasceste para a servidão? Não; nasceste para a liberdade.

Lamennais. n



[1] [v. Massilon.]


[2] [v. Lamennais.]


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