TEMAS CORRELATOS: Crença. | Religião. | Sobrenatural.
(AFORISMOS)
OUTRAS REFERÊNCIAS AO TEMA
Milagre. [Mir’a-cle.] Milagres são maravilhas, sinais, tipos (types) (v. pneumatografia e o Banquete do rei Baltasar), poderes, obras de Deus (Deuteronômio 11.3); 29.3; Salmos 78. 7, 11, 12, 43; 95.9; Marcos 9.39; Lucas 23.8; João 2.11, 23; 9.3; Atos 2.22; 6.8; 8.13; veja RV.). (…) Os milagres não são eventos meramente sobrenaturais, como a criação do mundo; pois Deus não é representado como tendo trazido o universo à existência, como [se houvesse] atestado um sinal. Nem são apenas providências extraordinárias, que os homens às vezes chamam de milagres da Providência, e que são provocados por meios secundários e não são sinais; como a tempestade que dispersou a Armada espanhola; os gafanhotos que foram levados para o Egito pelo vento forte do leste e depois foram embora novamente pelo vento oeste (Êxodo 10.13, 19); e a chegada das codornizes, que migram na primavera e abasteceram o acampamento de Israel com carne por uma noite (16.13). [Tais exemplos] foram providências extraordinárias, mas com elementos adicionais. Eles foram preditos e foram concebidos como sinais. A praga de gafanhotos foi um dos sinais e maravilhas realizados em Zoã [no campo de Tanis] (Salmos 78.42,43, 46), e as codornizes foram enviadas para que Israel pudesse saber que Jeová é Deus e seu Deus (Êxodo 16.12). No sentido bíblico, estritamente falando, milagres são eventos no mundo externo, realizados pelo executor imediato de Deus e pretendidos como um sinal ou atestado. Eles são possíveis porque Deus sustenta, controla e guia todas as coisas, e é pessoal e onipotente. Talvez a maneira de operar essas ações no reino do universo físico seja ilustrada pelo poder da vontade humana. O homem deseja, e a força muscular é exercida, a qual controla ou neutraliza as leis da natureza; como quando alguém arremessa uma pedra no ar contra a lei da gravitação.
Milagres não devem ser concebidos com credulidade, mas sua genuinidade deve ser testada. Os testes são:
1. Eles exibem o caráter de Deus e ensinam verdades a respeito de Deus.
2. Eles estão em harmonia com as verdades estabelecidas pela religião (Deuteronômio 1-3). Se uma maravilha é operada que contradiz as doutrinas da Bíblia, é uma maravilha mentirosa (2 Tessalonicenses 2.9; Apocalipse 16.14).
3. Há uma ocasião adequada para eles [os milagres]. Deus não os opera exceto por uma grande causa e para um propósito religioso. Eles pertencem à história da redenção; e não há milagre genuíno sem uma ocasião adequada para isso na revelação redentora do próprio Deus.
4. Eles são estabelecidos, não pelo número de testemunhas, mas pelo caráter e qualificações das testemunhas.Os milagres da Bíblia estão confinados quase que exclusivamente a quatro períodos, separados um do outro por séculos; ao tempo de:
1. A redenção do povo de Deus do Egito e seu estabelecimento em Canaã sob Moisés e Josué.
2. A luta de vida e morte da religião verdadeira com o paganismo sob Elias e Eliseu.
3. O exílio, quando Jeová forneceu prova de seu poder e supremacia sobre os deuses pagãos, embora seu povo estivesse em cativeiro (Daniel e seus companheiros).
4. A introdução do Cristianismo, quando os milagres atestaram a pessoa do Cristo e sua doutrina. Fora desses períodos, os milagres são realmente raros (Gênesis 5.24). Eles são quase que totalmente desconhecidos durante os muitos séculos desde a criação até o êxodo.A operação de milagres na era apostólica, embora não se limitasse aos apóstolos (Atos 6.8; 8.5-8), eram os sinais de um apóstolo (2 Coríntios 12.12; Hebreus. 2.4; compare Atos 2.43; Gálatas 3.5). — (A dictionary of the Bible : Davis, John D.)
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