Roteiro 4
O Espírito imortal
Objetivo: Analisar os principais aspectos que caracterizam a existência e a sobrevivência do Espírito.
IDEIAS PRINCIPAIS
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É “[…] chegada a época de reconhecermos que todos somos vivos na Criação Eterna. Em virtude de tardar semelhante conhecimento nos homens, é que se verificam grandes erros. […]”. Emmanuel: Pão Nosso. Capítulo 42.
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É ainda reduzido o número dos que despertam na luz espiritual plenamente cônscios da sua situação, porque diminuta é a percentagem de seres humanos que se preocupam sinceramente com as questões do seu aprimoramento moral. A maioria dos desencarnados, nos seus primeiros dias da vida além do túmulo, não encontram senão os reflexos dos seus péssimos hábitos e das suas paixões, que, nos ambientes diversos de outra vida, os aborrecem e deprimem. O corpo das suas impressões físicas prossegue perfeito, fazendo-lhes experimentar acerbas torturas e inenarráveis sofrimentos. Emmanuel: Emmanuel. Capítulo XXX, item: situação dos recém-libertos da carne.
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No além-túmulo, os Espíritos […] se evitam ou se aproximam, segundo a analogia ou antipatia de seus sentimentos, tal qual sucede entre vós. É todo um mundo, do qual o vosso é pálido reflexo. Os da mesma categoria se reúnem por uma espécie de afinidade e formam grupos ou famílias de Espíritos, unidos pelos laços da simpatia e pelos fins a que visam […]. Allan Kardec: O Livro dos Espíritos, questão 278.
SUBSÍDIOS
Esclarece o benfeitor Emmanuel que (1)
A Doutrina dos Espíritos […] veio desvendar ao homem o panorama da sua evolução, e esclarecê-lo no problema das suas responsabilidades, porque a vida não é privilégio da Terra obscura, mas a manifestação do Criador em todos os recantos do Universo. Nós viveremos eternamente, através do Infinito, e o conhecimento da imortalidade expõe os nossos deveres de solidariedade para com todos os seres, em nosso caminho; por esta razão, a Doutrina Espiritista é uma síntese gloriosa de fraternidade e de amor. O seu grande objeto é esclarecer a inteligência humana. […].
O apóstolo Paulo, por sua vez, apresenta admirável simbolismo, nos versículos que se seguem, ao argumentar que a verdadeira morte é o pecado e que a alma purificada no bem se torna incorruptível e vive eternamente: Quando, pois, este ser corruptível tiver revestido a incorruptibilidade e este ser mortal tiver revestido a imortalidade, então cumprir-se-á a palavra da Escritura: A morte foi absorvida na vitória. Morte, onde está a tua vitória? Morte, onde está o teu aguilhão? O aguilhão da morte é o pecado e a força do pecado é a Lei. (1 Coríntios, 15.54-56. Bíblia de Jerusalém).
Assim, ter consciência plena de que somos seres imortais, que a vida continua após a morte do corpo físico, que existem planos existenciais nos quais o Espírito continua a sua jornada evolutiva, na Terra e fora dela, implica aquisição de conhecimento e discernimento espirituais.
Conhecimento porque nem sempre a pessoa recebe, durante uma reencarnação, os corretos esclarecimentos sobre a imortalidade do Espírito no além-túmulo. A usual educação religiosa não fornece esclarecimentos mais aprofundados, mantendo o adepto em estado de dúvida, seja porque lhe falta leituras complementares sobre o assunto, seja por equívocos de interpretação dos textos sagrados.
Neste sentido, os indivíduos são cerceados “[…] pelas imensas barreiras que lhes levantam os dogmas e preconceitos de todos os matizes, nas escolas científicas e facções religiosas, militantes em todas as partes do globo.” (2)
Muitos Espíritos, afeitos ao tradicionalismo intransigente e rotineiro, são incapazes de conceber a estrada ascensional do progresso, como de fato ela é, cheia de lições novas e crescentes resplendores; é assim que, completando as longas fileiras de retardatários, perturbam, às vezes, a paz dos que estudam devotamente no livro maravilhoso da Vida, com as suas opiniões disparatadas, prevalecendo-se de certas posições mundanas, abusando de prerrogativas transitórias que lhes são outorgadas pelas fortunas iníquas. Não conseguem, porém, mais do que estabelecer a confusão, sem que as suas mentes egoístas tragam algo de belo, de novo ou de verdadeiro, que aproveite ao progresso geral. […]. (3)
Ainda que a compreensão da imortalidade do Espírito se revele lógica e racional para o Espiritismo — e mais de acordo com a bondade e misericórdia divinas — não é aceita por escolas religiosas tradicionais e, somente na última década, tem merecido maior atenção da Ciência. A persistência em tais posições pode resultar desagregação social, sempre geradora de sofrimento porque, encontrando-se o homem desinformado a respeito de sua realidade espiritual para além das fronteiras do mundo físico, se apega em demasiado à vida material, dá pouca ou nenhuma importância à aquisição de valores morais que o transforma em pessoa de bem. Aceitando que a vida termina com a morte do corpo físico, comete uma série de desatinos contra si mesmo e contra o próximo.
Desalentadoras são as características da sociedade moderna, porque, se a coletividade se orgulha dos seus progressos físicos, o homem se encontra, moralmente, muito distanciado dessa evolução. Semelhante anomalia é a conseqüência inevitável da ignorância das criaturas, com respeito à sua própria natureza, desconhecimento deplorável que as incita a todos os desvios. Vivendo apenas entre as coisas relativas à matéria, submergem nas superficialidades prejudiciais ao seu avanço espiritual. Ignoram, quase que totalmente, o que sejam as suas forças latentes e as suas possibilidades infinitas, adormecendo ao canto embalador dos gozos falsos do eu pessoal, e apenas os sofrimentos e as dificuldades as obrigam a despertar para a existência espiritual, na qual reconhecem quanta alegria dimana do exercício do bem e da prática da virtude, entre as santas lições da verdadeira fraternidade. (4)
Por ainda se manter prisioneira dos limites das formas existentes plano de vida, onde estagiamos atualmente, somente agora é que a Humanidade começa a se dar conta que a matéria se manifesta em outras dimensões, sempre a serviço da manifestação do Espírito. Cedo ou tarde a sociedade humana reconhecerá, a si mesma, como seres imortais, habitantes de diferentes planos vibracionais. Entenderá que além da existência física há uma realidade espiritual pulsante, socialmente organizada, constituída de seres humanos que não possuem corpo físico, mas que atuam no meio ambiente onde vivem, interagindo com outros habitantes, através de outro corpo, o perispírito.
Neste sentido, afirma Irmão Claudio, personagem que consta do livro Nosso Lar: (5)
[…] Chame-se a este mundo em que existimos, neste momento, “outra vida”, “outro lado”, “região extrafísica” ou “esfera do Espírito”, estamos num centro de atividade tão material quanto aquele em que se movimentam os homens, nossos irmãos ainda encarnados, condicionados ao tipo de impressões que ainda lhes governam, quase que de todo, os recursos sensoriais. O mundo terrestre [dos encarnados] é aquilo que o pensamento do homem faz dele. Aqui, é a mesma coisa. A matéria se resume a energia. Cá e lá [no Plano físico] o que se vê é a projeção temporária de nossas criações mentais…
Como para a Doutrina Espírita não há dúvida sobre a imortalidade do Espírito e a organização social existente no Plano extrafísico, apresentaremos, em seguida, alguns conteúdos doutrinários relacionados à temática.
1. Sensações e percepções dos espíritos desencarnados
A maioria dos Espíritos que aportam ao mundo espiritual não tem, de imediato, consciência da nova realidade da vida para onde foi transferido após a desencarnação. É o que esclarece Emmanuel:
É ainda reduzido o número dos que despertam na luz espiritual plenamente cônscios da sua situação, porque diminuta é a percentagem de seres humanos que se preocupam sinceramente com as questões do seu aprimoramento moral. A maioria dos desencarnados, nos seus primeiros dias da vida além do túmulo, não encontram senão os reflexos dos seus péssimos hábitos e das suas paixões, que, nos ambientes diversos de outra vida, os aborrecem e deprimem. O corpo das suas impressões físicas prossegue perfeito, fazendo-lhes experimentar acerbas torturas e inenarráveis sofrimentos. (6)
É equívoco supor que pelo fato de não possuir corpo físico, os desencarnados não têm sensações e percepções. O perispírito é o veículo de manifestação no novo plano vibratório cuja natureza semimaterial revela que as células, tecidos, órgãos, aparelhos e sistemas perispirituais são mais etéreas. Entretanto, verifica-se que os Espíritos mais atrasados possuem perispírito muito denso, guardando significativa semelhança com o corpo físico da última encarnação.
Assim, o estado de equilíbrio ou de desarmonia que o desencarnado carrega em si é fortemente impresso nesse veículo sutil. O sofrimento apresentado pelos Espíritos produz somatizações perispirituais, semelhantes às encontradas em reencarnados portadores de desarmonias psíquicas ou emocionais.
Mas, como os Espíritos captam sensações e percepções, na ausência do corpo físico? Eis como responderam a esta pergunta os Espíritos orientadores da Codificação:
[…] A alma tem a percepção da dor: essa percepção é o efeito. A lembrança que da dor a alma conserva pode ser muito penosa, mas não pode ter ação física. De fato, nem o frio, nem o calor são capazes de desorganizar os tecidos da alma; a alma não pode congelar-se, nem se queimar. […] Todos sabem que as pessoas amputadas sentem dor no membro que não existe mais. Seguramente, não é nesse membro que está a sede ou o ponto de partida da dor; o cérebro é que guardou esta impressão, eis tudo. É lícito, pois admitir-se que coisa análoga ocorra nos sofrimentos do Espírito após a morte. […] É preciso, porém, tomar cuidado para não se confundir as sensações do perispírito, que se tornou independente, com as do corpo; […] Liberto do corpo, o Espírito pode sofrer, mas esse sofrimento não é corporal, embora não seja exclusivamente moral, como o remorso, já que ele se queixa de frio e calor. Também não sofre mais no inverno do que no verão: já os vimos atravessar chamas, sem nada experimentarem de penoso; a temperatura, pois, não lhes causa nenhuma impressão. Logo, a dor que sentem não é uma dor física propriamente dita: é um vago sentimento íntimo, que o próprio Espírito nem sempre compreende bem, precisamente porque a dor não está localizada e não é produzida por agentes exteriores; é mais uma reminiscência do que uma realidade, reminiscência, porém, igualmente penosa. […]. (7)
Diferentemente do que acontece no corpo físico, no qual as sensações e percepções se concentram em determinada parte do corpo, em geral captadas pelos órgãos do sentido, nos desencarnados a sensações e percepções são sentidas em toda a extensão do perispírito. Por este motivo a dor, quando existe, é mais intensa, porque não é focal, mas atinge todos os recantos do veículo espiritual.
2. Organização social no Plano espiritual
A desencarnação não opera mudanças bruscas, razão porque nas Esferas espirituais mais próximas do planeta, as almas desencarnadas praticamente conservam características que lhes eram mais agradáveis nas atividades da existência material, buscando se relacionar com aqueles que lhes são afins. Nesse sentido, ensinam os orientadores da Codificação Espírita que as relações de simpatia representam a base da organização social no além-túmulo. “A simpatia que atrai um Espírito para outro resulta da perfeita concordância de seus pendores e instintos. […]. (8)
[…] Eles se evitam ou se aproximam, segundo a analogia ou antipatia de seus sentimentos, tal qual sucede entre vós. É todo um mundo, do qual o vosso é pálido reflexo. Os da mesma categoria se reúnem por uma espécie de afinidade e formam grupos ou famílias de Espíritos, unidos pelos laços da simpatia e pelos fins a que visam: os bons, pelo desejo de fazerem o bem; os maus, pelo desejo de fazerem o mal, pela vergonha de suas faltas e pela necessidade de se acharem entre seres semelhantes a eles. (9)
As comunidades existentes no plano espiritual lembram, segundo palavras do Codificador do Espiritismo, “[…] uma grande cidade onde os homens de todas as classes e de todas as condições se vêem e se encontram, sem se confundirem; onde as sociedades se formam pela analogia dos gostos; onde o vício e a virtude convivem lado a lado sem se falarem.” (10)
Entretanto, nem todos os Espíritos têm acesso livre aos diferentes grupos ou sociedades: “Os bons vão a toda parte e assim deve ser, para que possam exercer sua influência sobre os maus. Mas as regiões habitadas pelos bons são interditadas aos Espíritos imperfeitos, a fim de não as perturbarem com suas paixões inferiores. (11)
O Espírito André Luiz fornece uma riqueza de informações a respeito da vida no plano espiritual que, realmente, merecem ser conhecidas. Esclarece, por exemplo, que a Sociedade Espiritual está organizada em níveis evolutivos, à semelhança de “[…] mundos sutis, dentro dos mundos grosseiros, maravilhosas esferas que se interpenetram. […].” (12) Em seguida, registramos breves anotações a respeito dessas sociedades existentes no Além, em caráter de ilustração.
2.1 Comunidades Abismais
São regiões inóspitas, de trevas, situadas abaixo da crosta planetária, conforme se encontram descritas pelo Espírito André Luiz em Nosso Lar (13), capítulo 44 (As trevas) e em Obreiros da vida eterna (14), capítulo 8 (Treva e sofrimento). Para esse Espírito a expressão trevas é o nome dado: “[…] às regiões mais inferiores que conhecemos. […]” (15)
São localidades de grande sofrimento existentes no Além, onde vivem milhares de Espíritos que preferem “[…] caminhar às escuras, pela preocupação egoística que os absorve, costumam cair em precipícios, estacionando no fundo do abismo por tempo indeterminado […].” (15)
2.2 Comunidades umbralinas
O Umbral é uma região que “[…] começa na crosta terrestre. É a zona obscura de quantos no mundo não se resolveram a atravessar as portas dos deveres sagrados, a fim de cumpri-los,demorando-se no vale da indecisão ou no pântano dos erros numerosos. […].” (16)
Os habitantes do Umbral mantêm-se fortemente vinculados aos encarnados, acompanham-nos de perto, imiscuindo-se nas suas atividades e negócios. “[…] O Umbral funciona, portanto, como região destinada a esgotamento de resíduos mentais; uma espécie de zona purgatorial, onde se queima a prestações o material deteriorado das ilusões que a criatura adquiriu por atacado, menosprezando o sublime ensejo de uma existência terrena. […]. (17)
2.3 Comunidades de transição
São comunidades fronteiriças, situadas acima do Umbral e abaixo das regiões superiores. Como exemplo ilustrativo, temos a Colônia Nosso Lar. (18)
Nela ainda existe sofrimento, mas os seus habitantes, de evolução mediana, são mais esclarecidos. Tal posição espiritual favorece a natureza, caracterizada por belezas e harmonias inexistentes nos planos inferiores. A Colônia possui várias avenidas enfeitadas de árvores frondosas. O ar ali é puro, e a atmosfera ambiental reflete profunda tranqüilidade espiritual.
Não há, porém, qualquer sinal de inércia ou de ociosidade, visto que as vias públicas estão sempre repletas de entidades numerosas em constantes atividades, indo e vindo.
2.4 Comunidades superiores
São regiões espirituais consideradas verdadeiros paraísos, tendo em vista o nível de evolução moral e intelectual dos seus habitantes. Exprimem, na verdade, “[…] diferentes graus de purificação e, por conseguinte, de felicidade. […].” (19)
Tal como acontece nas demais regiões citadas, há diferentes planos de superioridade nessas comunidades. Por exemplo, André Luiz nos informa da existência de elevada comunidade nos Planos superiores, denominadas redimidas.
Os seus habitantes possuem entendimento “[…] muito acima de nossas noções de forma, em condições inapreciáveis à nossa atual conceituação da vida. Já perdeu todo o contacto direto com a Crosta Terrestre e só poderia fazer-se sentir, por lá, através de enviados e missionários de grande poder. […]. (20)
3. Aspectos da vida no Plano espiritual
Emmanuel pondera que é “[…] chegada a época de reconhecermos que todos somos vivos na Criação Eterna. Em virtude de tardar semelhante conhecimento nos homens, é que se verificam grandes erros. […].” (21)
Neste aspecto, é útil então recordar alguns ensinamentos espíritas que tratam diretamente do assunto, e que fazem parte do livro Evolução em dois Mundos, transmitido pelo Espírito André Luiz.
3.1 Alimentação
O desencarnado comum, o que estava acostumado à ingestão de quantidades significativas de alimentos no plano físico, é encaminhado “[…] aos centros de reeducação do Plano Espiritual […]” (21), onde aprendem a alimentar-se com equilíbrio.
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[…] Abandonado o envoltório físico profundamente arraigado às sensações terrestres, sobrevém ao Espírito a necessidade inquietante de prosseguir atrelado ao mundo biológico que lhe é familiar, e, quando não a supera ao preço do próprio esforço, no auto-reajustamento, provoca os fenômenos da simbiose psíquica, que o levam a conviver, temporariamente, no halo vital daqueles encarnados com os quais se afine, quando não promove a obsessão espetacular. […]. (22)
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Ali, […] encontram alimentação semelhante à da Terra, porém fluídica, recebendo-a em porções adequadas até que se adaptem aos sistemas de sustentação da Esfera Superior, em cujos círculos a tomada de substância é tanto menor e tanto mais leve quanto maior se evidencie o enobrecimento da alma porquanto, pela difusão cutânea, o corpo espiritual, através de sua extrema porosidade, nutre-se de produtos sutilizados ou sínteses quimio-eletromagnéticas, hauridas no reservatório da Natureza e no intercâmbio de raios vitalizantes e reconstituintes do amor com que os seres se sustentam entre si. […]. (23)
3.2 Linguagem
[…] Incontestavelmente, a linguagem do Espírito é, acima de tudo, a imagem que exterioriza de si próprio. […] Círculos espirituais existem, em planos de grande sublimação, nos quais os desencarnados, sustentando consigo mais elevados recursos de riqueza interior, pela cultura e pela grandeza moral, conseguem plasmar, com as próprias idéias, quadros vivos que lhes confirmem a mensagem ou o ensinamento, seja em silêncio, seja com a despesa mínima de suprimento verbal, em livres circuitos mentais de arte e beleza, tanto quanto muitas Inteligências infelizes, treinadas na ciência da reflexão, conseguem formar telas aflitivas em circuitos mentais fechados e obsessivos, sobre as mentes que magneticamente jugulam. (24)
3.3 Locomoção
[…] após a transfiguração ocorrida na morte, a individualidade ressurge com naturais alterações na massa muscular e no sistema digestivo, mas sem maiores inovações na constituição geral, munindo-se de aquisições diferentes para o novo campo de equilíbrio a que se transfere, com possibilidades de condução e movimento efetivamente não sonhados, já que o pensamento contínuo e a atração, nessas circunstâncias, não mais encontram certas resistências peculiares ao envoltório físico. […]. (25)
3.4 Linhas morfológicas e aparência
[…] As linhas morfológicas das entidades desencarnadas, no conjunto social a que se integram, são comumente aquelas que trouxeram do mundo, a evoluírem, contudo, constantemente para melhor apresentação, toda vez que esse conjunto social se demore em esfera de sentimentos elevados. A forma individual em si obedece ao reflexo mental dominante, notadamente no que se reporta ao sexo, mantendo-se a criatura com os distintivos psicossomáticos de homem ou de mulher, segundo a vida íntima, através da qual se mostra com qualidades espirituais acentuadamente ativas ou passivas. […]. (26)
[…] Os Espíritos superiores, pelo domínio natural que exercem sobre as células psicossomáticas, podem adotar a apresentação que mais provei- tosa se lhes afigure, com vistas à obra meritória que se propõem realizar. […] É importante considerar, todavia, que os Espíritos desencarnados, mesmo os de classe inferior, guardam a faculdade de exteriorizar os fluídos plasticizantes que lhes são peculiares, espécie de aglutininas mentais com que envolvem a mente mediúnica encarnada, recursos esses nos quais plasmam, como lhes seja possível, as imagens que desejam expressar […]. (27)
Há, naturalmente, inúmeros outros aspectos que caracterizam a existência no além-túmulo. São mínimas as idéias apresentadas neste Roteiro de Estudo, mas trazem a finalidade de demonstrar que um estudo mais completo deve ser realizado, por todos os interessados em descortinar a realidade da vida no plano espiritual.
ORIENTAÇÕES AO MONITOR:
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O monitor pede aos três participantes — os que na reunião anterior, ficaram incumbidos de pesquisar conteúdos deste Roteiro de Estudo — , para apresentem o resultado da pesquisa realizada.
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Os demais participantes, por sua vez, anotam perguntas ou comentários que gostariam de fazer, após as exposições.
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Concluída as exposições, o monitor inicia a fase de perguntas ou de comentários, relativos aos assuntos que foram apresentados.
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Em seguida, destaca a importância da pessoa prepara-se, desde a atual existência, para a desencarnação e para uma vida mais feliz no Plano espiritual.
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Retoma, ao final, o teor da mensagem de Emmanuel, A incógnita do Além, inserida no anexo do Roteiro 3 (A continuidade da vida), estudado na semana passada, para reforçar o conjunto de idéias desenvolvido na reunião.
Referências:
1. XAVIER, Francisco Cândido. Emmanuel. Pelo Espírito Emmanuel. 27. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2008. Capítulo XXVI, item: Nós viveremos eternamente, p. 185.
2. Idem - Capítulo XXVII, p. 187.
3. Idem, ibidem - Capítulo XXVII, item: Ações perturbadoras, p. 187-188.
4. Idem, ibidem - Capítulo XXVII, item: Características da sociedade moderna, p. 188- 189.
5. Idem - E a vida continua. Pelo Espírito André Luiz. 30. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2004. Capítulo 9, p. 82-83.
6. Idem - Emmanuel. Pelo Espírito Emmanuel. 27. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2008. Capítulo XXX, item: A situação dos recém-libertos da carne, p. 206.
7. KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. 2 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2008, questão. 257 — comentário, p. 222-223.
8. Idem, ibidem - Questão 301, p. 248.
9. Idem, ibidem - Questão 278, p.241-242.
10. Idem, ibidem - Questão 278-comentário, p. 242.
11. Idem, ibidem - Questão 279, p. 242.
12. XAVIER, Francisco Cândido. Os mensageiros. Pelo Espírito André Luiz. 42. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. Capítulo 15, p. 100.
13. Idem - Nosso lar. Pelo Espírito André Luiz. 59. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2007. Capítulo 44, p. 289-290.
14. Idem - Obreiros da vida eterna. Pelo Espírito André Luiz. 31. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. Capítulo 8, p. 149.
15. Idem - Nosso lar. Op. Cit. Capítulo 44, p. 291.
16. Idem, ibidem - Capítulo 12, p. 79-80.
17. Idem, ibidem - Capítulo 12, p. 81.
18. Idem, ibidem - Capítulo 8, p. 55-59.
19. KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Op. Cit, questão 1017, p. 619.
20. XAVIER, Francisco Cândido. Obreiros da vida eterna. Op. Cit. Capítulo 3, p. 60.
21. Idem - Pão nosso. Pelo Espírito Emmanuel. 26. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. Capítulo 42, p. 95-96.
22. XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo. Evolução em dois mundos. Pelo Espírito André Luiz. 23. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. 2ª parte, Capítulo l, p. 211.
23. Idem, ibidem - Capítulo l, p. 211-212.
24. Idem - Capítulo 2, p. 213.
25. Idem - Capítulo 3, p. 215-216.
26. Idem - Capítulo 4, p. 219.
27. Idem - Capítulo 5, p. 223-224.