AUGUSTO Carvalho Rodrigues DOS ANJOS. — Bacharelando-se em Direito,
na cidade do Recife, três anos depois transfere-se Augusto dos Anjos
para o Rio de Janeiro, onde permanece por dois anos, lecionando na Escola
Normal e no Colégio Pedro II. Muda-se posteriormente para Leopoldina,
Minas, tornando-se abnegado diretor do Grupo Escolar “Ribeiro Junqueira”,
até à desencarnação. Cognominado o “Poeta da Morte” por Antônio Torres,
emparelha-se com Antero de Quental, como sendo poeta filósofo do mais
alto nível. Os temas científicos encontraram em A. dos Anjos “o seu
grande explorador”, segundo a expressão usada por Darcy Damasceno (in
A Lit. no Brasil, III, t. 1, pág. 388). Apesar do pessimismo empedernido
do poeta paraibano, salienta Fernando Góes (Pan., V, pág. 64)
que “em muitos passos de sua obra áspera e amarga há traços de um grande
espiritualismo”. (Engenho Pau d’Arco, perto da Vila do Espírito Santo,
Paraíba, 20 de Abril de 1884 — Leopoldina, Minas Gerais, 12 de Novembro
de 1914.)
BIBLIOGRAFIA: Eu; Eu e Outras Poesias. ( † )