1 Hora noturna sobre Leopoldina,
A terra amiga que me acolhe os restos.
E no templo de júbilos honestos
Procuro a paz da inspiração divina.
2 Ante os irmãos do Mestre na Doutrina
Que ama e perdoa nos menores gestos,
Trago comigo os traços manifestos
Da desventura que desilumina.
3 Sou eu, na velha angústia em que me perco,
Voltando, triste, ao túmulo de esterco,
De outras faixas vitais que o mundo encerra…
4 Sou eu gritando à vossa luz bastarda
Que sem Cristo brilhando na vanguarda,
Tudo é vaidade e cinza sobre a Terra.
Augusto dos Anjos
|