O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão.
Doutrina espírita - 1ª parte.

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O que é o Espiritismo.

  (Segunda versão.) n
(Idioma francês)

Capítulo II.


RESUMO DA DOUTRINA ESPÍRITA.

(Sumário)


INFLUÊNCIA DOS ESPÍRITOS.


66. — A missão dos bons Espíritos é ajudar o adiantamento dos Espíritos imperfeitos. Quando estes são errantes, compelem-nos ao arrependimento e inspiram-lhes o desejo de progredir. Quando estão encarnados, apoiam-nos nas provas da vida, e tornam-se os guias, os gênios tutelares, os anjos guardiães daqueles que tomam sob a sua proteção.


67. — Cada homem tem o seu gênio familiar ou Espírito protetor que é sempre bom, que vela por ele desde o seu nascimento até sua morte, e segue-o frequentemente ainda durante a sua vida errante.


68. — Os maus Espíritos unem-se também aos que estão encarnados para desviá-los do bom caminho. O homem tem, assim, sempre um bom e um mau Espírito que solicitam-no; o que não é ouvido cede o lugar ao outro.


69. — Os pensamentos sugeridos pelos Espíritos estão em relação com o grau de sua elevação; os bons pensamentos vêm dos bons Espíritos, e o maus dos Espíritos inferiores.


70. — O homem, sendo um Espírito encarnado, tem os pensamentos que lhe são próprios, independentes daqueles que lhe são sugeridos; eles são mais ou menos bons conforme o seu próprio Espírito seja mais ou menos depurado.


71. — O Espírito sempre tendo o seu livre arbítrio, antes e depois da sua encarnação, o homem é sempre livre de ceder ou resistir às sugestões dos Espíritos segundo sua vontade; tem, assim, constantemente a responsabilidade de seus atos.


72. — Os Espíritos se unem em razão de suas simpatias. As simpatias dos Espíritos são devidas à semelhança dos seus pensamentos e dos seus sentimentos, em razão do grau de sua elevação. Os bons simpatizam-se com os bons, e o maus com os maus.


73. — A simpatia dos Espíritos é individual ou geral, para os que estão encarnados como para aqueles que não estejam. Resulta que o homem atrai a si os Espíritos em razão de suas tendências, esteja ele só ou formando uma coletividade, como uma sociedade, uma cidade ou um povo. Há, pois, sociedades, cidades e povos que são assistidos por Espíritos mais ou menos elevados, segundo o caráter e as paixões que os dominam.


74. — Os Espíritos imperfeitos afastam-se dos que os repelem; resulta que o aperfeiçoamento moral dos indivíduos, como o das coletividades, tende a afastar os maus Espíritos e a atrair os bons, que despertam e mantêm o sentimento do bem.


75. — O egoísmo que domina os homens é um sinal da sua inferioridade como Espíritos; esta é razão porque eles atraem sobre a Terra mais os maus do que os bons; mas há também os bons que vêm para ajudar o progresso, quer atuem como Espíritos, quer se encarnem nos homens de escol que de tempos em tempos vem fazer a humanidade dar um passo adiante. Quando houver mais os que ouçam a voz dos bons Espíritos, mais a espécie humana se melhorará; virá um tempo onde os bons predominarão sobre os maus, e então começará sobre a Terra o reino do bem, assim como ocorre nos mundos mais avançados.


76. — Os Espíritos encarnados se atraem igualmente ou se repelem dependendo de suas simpatias ou antipatias como Espíritos.  Às vezes os maus exercem sua malevolência sobre certos indivíduos, quer para excitá-los ao mal, quer para fazer-lhes suportar tribulações, e eles tornam-se, assim, seus maus gênios [obsessores], como os bons podem tornar-se protetores.



[1] Nesta segunda versão deste livro, publicado em 1860, o autor apresenta O que é o Espiritismo sob um novo ponto de vista.


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