O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão.
Doutrina espírita - 1ª parte.

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O que é o Espiritismo.

(Segunda versão.) n
(Idioma francês)

Capítulo II.


RESUMO DA DOUTRINA ESPÍRITA.

(Sumário)


CONSEQUÊNCIAS MORAIS DO ESPIRITISMO.


Pelo raciocínio, o estudo prático e a observação dos fatos o Espiritismo confirma e prova as bases fundamentais da religião, a saber:

A existência de um Deus único, todo-poderoso, criador de todas as coisas, soberanamente justo e bom;

A existência da alma, sua imortalidade e sua individualidade após a morte;

O livre arbítrio do homem, e a responsabilidade que incorre em todos os seus atos;

O estado feliz ou infeliz do homem após a morte, de acordo com o uso que fez das suas faculdades durante a sua vida;

A necessidade do bem e as funestas consequências do mal;

A utilidade da prece.


Ele resolve uma porção de problemas que encontram a única explicação plausível, na existência de um mundo invisível composto pelos seres que se hão despojado do seu envoltório corporal, que nos cercam e exercem uma influência incessante sobre o mundo visível.

É uma fonte de consolações:

Pela certeza que nos dá do futuro que nos espera;

Pela prova material da existência daqueles que havemos amado sobre a Terra, a certeza da sua presença junto de nós, a de reencontrá-los no mundo dos Espíritos, e a possibilidade de nos comunicarmos com eles e receber conselhos salutares;

Pela coragem que nos dá contra as adversidades;

Pela elevação que imprime aos nossos pensamentos dando uma ideia justa do valor das coisas e dos bens deste mundo.


Ele contribui para a felicidade do homem sobre a Terra:

Ao acalmar as causas do desespero;

Ao ensinar ao homem a se contentar com o que tem;

Ao lhe fazer considerar as riquezas, as honras e o poder, como provas mais a temer que a invejar;

Ao colocar um freio nas más paixões, fonte da maior parte de suas aflições;

Ao lhe  inspirar sentimentos de caridade e de fraternidade reais por seu próximo.


O resultado destes princípios, uma vez propagado e enraizados no coração do homem, será:

De torná-lo melhor e mais indulgente para com seus semelhantes;

De destruir pouco a pouco o egoísmo pela solidariedade que estabelece entre eles;

De exercer uma louvável emulação para o bem;

De colocar um freio nas ambições desordenadas;

De neutralizar os males inseparáveis da efervescência das paixões brutais;

De favorecer o desenvolvimento intelectual e moral, não apenas com o propósito do bem-estar presente, mas do futuro a ele ligado;

E, por todas essas causas, ajudar a melhoria progressiva da humanidade.


FIM.



[1] Nesta segunda versão deste livro, publicado em 1860, o autor apresenta O que é o Espiritismo sob um novo ponto de vista.


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