Pluralidade
dos mundos. (105-107.)
— Da alma. (108-115.)
— O Homem durante a vida terrena.
(116-143.) — O Homem depois da morte. (144-162.) |
O HOMEM DURANTE A VIDA TERRENA.
116. — Como e em que momento se opera a união da alma ao corpo?
Desde a concepção, o Espírito, ainda que errante, está preso por um cordão fluídico ao corpo com o qual se deve unir. Este laço se encurta cada vez mais, à medida que o corpo se desenvolve. Desde esse momento, o Espírito sente uma perturbação que cresce sempre; ao aproximar-se do nascimento essa perturbação se torna completa, o Espírito perde a consciência de si mesmo e não recobra as ideias senão gradualmente, a partir do momento em que a criança começa a respirar; a união é então completa e definitiva.
117. — Qual o estado intelectual da alma da criança no momento de nascer?
Seu estado intelectual e moral é o que tinha antes da sua união com o corpo, isto é, a alma possui todas as ideias adquiridas anteriormente; mas, em razão da perturbação que acompanha a mudança de estado, suas ideias se acham momentaneamente em estado de latência. Elas se vão esclarecendo aos poucos, mas não podem manifestar-se senão proporcionalmente ao desenvolvimento dos órgãos.
118. — Qual a origem das ideias inatas, das disposições precoces, das aptidões instintivas para uma arte ou ciência, abstração feita de toda instrução?
As ideias inatas não podem ter senão duas fontes: a criação de almas mais perfeitas umas que as outras, no caso de serem criadas ao mesmo tempo que o corpo, ou um progresso anterior, realizado por elas antes da encarnação. Sendo a primeira hipótese incompatível com a Justiça de Deus, só resta a segunda. As ideias inatas são o resultado dos conhecimentos adquiridos nas existências anteriores e que se conservaram no estado de intuição, para servirem de base à aquisição de novas ideias.
119. — De que modo os gênios se revelam nas classes da sociedade inteiramente privadas de cultura intelectual?
Esse fato é a prova de que as ideias inatas são independentes do meio em que o homem foi educado. O ambiente e a educação desenvolvem as ideias inatas, mas não no-las podem dar. O homem de gênio é a encarnação de um homem adiantado e que já havia progredido bastante. Assim, a educação pode fornecer a instrução que falta, mas não o gênio, quando este não exista.
120. — Por que há crianças instintivamente boas em um meio perverso, apesar dos maus exemplos que colhem, ao passo que outras são instintivamente viciosas em um meio bom, apesar dos bons conselhos que recebem?
É o resultado do progresso moral adquirido, como as ideias inatas são o resultado do progresso intelectual.
121. — Por que de dois filhos do mesmo pai, educados nas mesmas condições, um é inteligente e o outro estúpido, um bom e o outro mau? Por que o filho de um homem genial é, algumas vezes, um tolo, e o de um tolo, um homem de gênio?
Esse fato vem confirmar a origem das ideias inatas; prova, além disso, que a alma do filho não procede, de modo algum, da alma dos pais; se assim não fosse, em virtude do axioma que a parte é da mesma natureza que o todo, os pais transmitiriam aos filhos as suas qualidades e defeitos próprios, como lhes transmitem o princípio das qualidades corpóreas. Na geração, somente o corpo procede do corpo; as almas, porém, são independentes umas das outras.
122. — Se as almas são independentes umas das outras, de onde vem o amor dos pais pelos filhos e destes por aqueles?
Os Espíritos se ligam por simpatia, e o nascimento em tal ou tal família não
é um efeito do acaso; depende, muitas vezes, da escolha feita pelo Espírito,
que vem juntar-se àqueles a quem amou no mundo espiritual ou em existências
anteriores. Por outro lado, os pais têm por missão ajudar o progresso
dos Espíritos que encarnam como seus filhos, e, para estimulá-los a
isso, Deus lhes inspira uma afeição mútua; muitos, porém, faltam a essa
missão, sendo por isso punidos. (O Livro dos Espíritos, nº 379:
Da Infância.)
123. — Por que há maus pais e maus filhos?
São Espíritos que não se ligaram na mesma família por simpatia, mas com o fim de servirem de instrumentos de provas uns aos outros e, muitas vezes, para punição do que foram em existência anterior; a um é dado um mau filho, porque também ele o foi; a outro, um mau pai, pelo mesmo motivo, a fim de que sofram a pena de talião. (Revista Espírita, setembro de 1861, pág. 270: “A pena de Talião”.)
124. — Por que encontramos em certas pessoas, nascidas em condição servil, instintos de dignidade e grandeza, enquanto outras, nascidas nas classes superiores, só apresentam instintos de baixeza?
É uma reminiscência intuitiva da posição social que já haviam ocupado, e do seu caráter na existência precedente.
125. — Qual a causa das simpatias e antipatias que se manifestam entre pessoas que se veem pela primeira vez?
São quase sempre pessoas que se conheceram e, algumas vezes, se amaram em uma existência anterior, e que, encontrando-se nesta, são atraídas umas para as outras. As antipatias instintivas provém também, muitas vezes, de relações anteriores.
Esses dois sentimentos podem ter ainda uma outra causa. O perispírito irradia ao redor do corpo, formando uma espécie de atmosfera impregnada das qualidades boas ou más do Espírito encarnado. Duas pessoas que se encontram, experimentam, pelo contato desses fluidos, a impressão da sensitiva, impressão que pode ser agradável ou desagradável; os fluidos tendem a confundir-se ou a repelir-se, segundo sua natureza semelhante ou dessemelhante. É assim que se pode explicar o fenômeno da transmissão do pensamento. Pelo contato desses fluidos, duas almas leem, por assim dizer, uma na outra; elas se adivinham e compreendem, sem se falarem.
126. — Por que o homem não conserva a lembrança de suas existências anteriores? Não será ela necessária ao seu progresso futuro?
(Veja acima, pág. 70. [Esquecimento
do passado.])
127. — Qual a origem do sentimento a que chamamos consciência?
É uma recordação intuitiva do progresso feito nas precedentes existências e das resoluções tomadas pelo Espírito antes de encarnar, resoluções que ele, muitas vezes, esquece como homem.
128. — O homem tem livre-arbítrio ou está sujeito à fatalidade?
Se a conduta do homem fosse sujeita à fatalidade, não haveria para ele nem responsabilidade do mal nem mérito do bem que pratica. Logo, toda punição seria uma injustiça, e toda recompensa um contrassenso. O livre-arbítrio do homem é uma consequência da Justiça de Deus, é o atributo que lhe dá dignidade e o eleva acima de todas as outras criaturas. Isto é tão verdadeiro que a estima dos homens, uns pelos outros, guarda relação direta com esse livre-arbítrio; quem o perde acidentalmente, seja por doença, loucura, embriaguez ou idiotismo, é lastimado ou desprezado.
O materialista, que faz todas as faculdades morais e intelectuais dependerem do organismo, reduz o homem à condição de máquina, sem livre-arbítrio e, por conseguinte, sem responsabilidade do mal e sem mérito do bem que pratica. (Revista Espírita, março de 1861, p. 76: “A cabeça de Garibaldi”; Idem, abril de 1862, p. 97: “Frenologia espiritualista e espírita”.)
129. — Terá Deus criado o ma1?
Deus não criou o mal; Ele estabeleceu leis, e estas são sempre boas, porque Ele é soberanamente bom; aquele que as observasse fielmente seria perfeitamente feliz; mas os Espíritos, em virtude do livre-arbítrio de que desfrutam, nem sempre as observam, de modo que o mal provém da infração a essas leis.
130. — O homem já nasce bom ou mau?
É preciso fazermos uma distinção entre a alma e o homem. A alma é criada simples e ignorante, isto é, nem boa nem má, porém suscetível, em razão do seu livre-arbítrio, de seguir o bom ou o mau caminho, ou, por outra, de observar ou infringir as Leis de Deus. O homem nasce bom ou mau, segundo seja ele a encarnação de um Espírito adiantado ou atrasado.
131. — Qual a origem do bem e do ma1 na Terra e por que este predomina?
A origem do mal na Terra provém da imperfeição dos Espíritos que aqui encarnam; já a predominância do mal decorre da inferioridade do planeta, cujos habitantes são, na maioria, Espíritos inferiores ou que pouco têm progredido. Em mundos mais adiantados, onde só encarnam Espíritos depurados, o mal não existe ou está em minoria.
132. — Qual a causa dos males que afligem a Humanidade?
A Terra pode ser considerada, ao mesmo tempo, como escola de Espíritos pouco adiantados e cárcere de Espíritos criminosos. Os males da Humanidade são a consequência da inferioridade moral da maioria dos Espíritos encarnados. Pelo contato de seus vícios, eles se infelicitam reciprocamente e se punem uns pelos outros.
133. — Por que vemos tantas vezes o mau prosperar, enquanto o homem de bem vive presa de todas as aflições?
Para quem não vê senão a vida presente e acredita que ela é única, isto deve parecer clamorosa injustiça. Não se dá, porém, o mesmo quando se considera a pluralidade das existências e a brevidade de cada uma delas, em relação à eternidade. O estudo do Espiritismo vem provar que a prosperidade do mau tem terríveis consequências nas vidas seguintes; que as aflições do homem de bem, ao contrário, são seguidas de uma felicidade tanto maior e duradoura quanto mais resignadamente ele soube suportá-las; não lhe será mais que um dia mau em uma existência próspera.
134. — Por que algumas pessoas nascem na indigência e outras na opulência? Por que há tanta gente que nasce cega, surda, muda ou afetada de moléstias incuráveis, enquanto outras possuem todas as vantagens físicas? Será um efeito do acaso ou um ato da Providência?
Se fosse obra do acaso, a Providência não existiria. Admitida, porém, a Providência, perguntamos: como se conciliam esses fatos com a sua bondade e justiça? É por falta da compreensão da causa de tais males que muitos se atrevem a acusar Deus. Compreende-se que quem se torna miserável ou enfermo, por suas imprudências ou por excessos, seja punido onde pecou; mas, se a alma é criada ao mesmo tempo que o corpo, que fez ela para merecer tais aflições, desde o seu nascimento, ou para ficar isenta delas? Se admitirmos a Justiça de Deus, não podemos deixar de admitir que esse efeito tem uma causa; e se esta causa não se encontra na vida presente, deve achar-se antes desta, porque em todas as coisas a causa deve preceder o efeito; é, pois, necessário que a alma já tenha vivido, para que possa merecer uma expiação.
Os estudos espíritas nos mostram, de fato, que mais de um homem, nascido na miséria, foi rico e considerado em uma existência anterior, na qual fez mau uso da fortuna que Deus o encarregara de gerir; que mais de um, nascido na abjeção, foi anteriormente orgulhoso, prepotente, e abusou do poder para oprimir os fracos. Esses estudos no-los mostram, algumas vezes, sujeitos àqueles a quem trataram com dureza, entregues aos maus-tratos e à humilhação a que submeteram os outros.
Nem sempre uma vida penosa é expiação; muitas vezes é prova escolhida pelo Espírito, que vê um meio de avançar mais rapidamente, caso a suporte com coragem. A riqueza é também uma prova, mas muito mais perigosa que a miséria, pelas tentações que gera e pelos abusos que provoca; também o exemplo dos que viveram demonstra ser ela uma prova em que a vitória é mais difícil.
A diferença das posições sociais seria a maior das injustiças, quando não seja o resultado da conduta atual, se ela não tivesse uma compensação. A convicção que adquirimos dessa verdade, pelo Espiritismo, nos dá força para suportarmos as vicissitudes da vida e aceitarmos a nossa sorte, sem invejar a dos outros.
135. — Por que há idiotas e cretinos?
A posição dos idiotas e dos cretinos seria a menos conciliável com a Justiça de Deus, na hipótese da unicidade da existência. Por mais miserável que seja a condição em que o homem nasça, ele poderá sair dela por sua inteligência e trabalho; o idiota e o cretino, porém, são votados desde o nascimento até a morte, ao embrutecimento e ao desprezo; para eles não há compensação possível. Por que, então, sua alma foi criada idiota?
Os estudos espíritas, feitos acerca dos cretinos e idiotas, provam que suas almas são tão inteligentes como as dos outros homens; que essa enfermidade é uma expiação infligida a Espíritos que abusaram da inteligência, e que sofrem cruelmente por se sentirem presos, em laços que não podem romper, e pelo desprezo de que se veem objeto, quando, talvez, tenham sido bajulados em encarnação precedente. (Revista Espírita, junho de 1860, pág. 173: “O Espírito de um idiota”; Idem, outubro de 1861, pág. 311: “Os cretinos”.)
136. — Qual o estado da alma durante o sono?
Durante o sono, apenas o corpo repousa; o Espírito, porém, não dorme. As observações práticas comprovam que, nessas condições, o Espírito goza de toda a liberdade e da plenitude de suas faculdades; aproveita-se do repouso do corpo, dos momentos em que este lhe dispensa a presença, para agir separadamente e ir aonde quer. Durante a vida, qualquer que seja a distância a que se transporte, o Espírito fica sempre preso ao corpo por um cordão fluídico, que serve para chamá-lo quando a sua presença se torna necessária. Esse laço só se rompe com a morte.
137. — Qual é a causa dos sonhos?
Os sonhos são o resultado da liberdade do Espírito durante o sono;
é, algumas vezes, a lembrança dos lugares e das pessoas que o Espírito
viu ou visitou nesse estado. (O Livro dos Espíritos: “Emancipação
da alma”: sono, sonhos, sonambulismo, segunda vista, letargia,
etc., nº 400 e seguintes; O Livro dos Médiuns: “Evocação
de pessoas vivas”, nº 284; Revista Espírita, janeiro de 1860,
pág. 11: “O
Espírito de um lado, o corpo do outro”; Id. março de 1860,
pág. 81: “Estudo sobre o Espírito de pessoas vivas”. [Dr.
Vignal e Senhorita
Indermuhle.])
138. — De onde vêm os pressentimentos?
São recordações vagas e intuitivas do que o Espírito aprendeu em seus momentos de liberdade e, algumas vezes, avisos ocultos dados por Espíritos benévolos.
139. — Por que, na Terra, há selvagens e homens civilizados?
Sem a preexistência da alma, esta questão é insolúvel, a menos que se admita que Deus tenha criado almas selvagens e almas civilizadas, o que seria a negação da sua justiça. Além disso, a razão recusa admitir que, depois da morte, a alma do selvagem fique perpetuamente em estado de inferioridade, nem que se ache na mesma posição que a do homem esclarecido.
Admitindo para as almas um mesmo ponto de partida, única doutrina compatível com a Justiça de Deus, a presença simultânea da selvageria e da civilização, na Terra, é um fato material que prova o progresso que uns já fizeram e que os outros hão de fazer. A alma do selvagem atingirá, pois, com o tempo, o mesmo grau da alma civilizada; mas, como todos os dias morrem selvagens, essa alma não pode atingir esse grau senão em encarnações sucessivas, cada vez mais aperfeiçoadas e apropriadas ao seu adiantamento, seguindo todos os graus intermediários a esses dois extremos.
140. — Não será admissível, conforme pensam algumas pessoas, que a alma, não encarnando mais que uma vez, faça o seu progresso no estado de Espírito ou em outras esferas?
Esta proposição seria admissível se todos os habitantes da Terra se achassem no mesmo nível moral e intelectual, caso em que se poderia dizer que a Terra está destinada a determinado grau. Ora, quantas vezes temos diante de nós a prova do contrário! Realmente, não é compreensível que o selvagem não pudesse civilizar-se aqui na Terra, quando vemos almas mais adiantadas encarnadas ao lado dele, nem que estas tenham que encarnar em um mundo à parte, uma vez que há almas inferiores encarnadas no mesmo globo; de onde se conclui que a possibilidade da pluralidade das existências terrenas resulta dos próprios exemplos que temos sob os olhos. Se fosse de outro modo, era preciso explicar: 1º por que só a Terra teria o monopólio das encarnações; 2º por quê, admitindo-se esse monopólio, nela se apresentam almas encarnadas de todos os graus?
141. — Por que, no meio das sociedades civilizadas, há seres de ferocidade comparável à dos mais bárbaros selvagens?
São Espíritos muito inferiores, saídos das raças bárbaras, que experimentam
reencarnar em meio que não é o deles, e onde estão deslocados, como
estaria um camponês, se o colocassem de repente no seio da alta sociedade.
(Ver “Nota
explicativa.”)
OBSERVAÇÃO. — Não é possível admitir-se, sem negar a Deus os atributos
de bondade e justiça, que a alma do criminoso endurecido tenha, na vida
atual, o mesmo ponto de partida que a de um homem cheio de virtudes.
Se a alma não é anterior ao corpo, a do criminoso e a do homem de bem
são tão novas uma como a outra; por que, então, uma seria boa e a outra
má?
142. — De onde vem o caráter distintivo dos povos?
São Espíritos que têm mais ou menos os mesmos gostos e inclinações, que encarnam em um meio simpático e, muitas vezes, no mesmo meio em que podem satisfazer as suas inclinações.
143. — Como progridem e como degeneram os povos?
Se a alma é criada juntamente com o corpo, as dos homens de hoje são tão novas, tão primitivas, como a dos homens da Idade Média. Por quê, então, essas almas têm costumes mais brandos e inteligência mais desenvolvida? Se a alma deixa definitivamente a Terra por ocasião da morte do corpo, qual seria o fruto do trabalho feito para melhoramento de um povo, se este tivesse de ser recomeçado com as almas novas que chegam todos os dias?
Os Espíritos encarnam em um meio simpático e em relação com o grau do seu adiantamento. Um chinês, por exemplo, que progredisse suficientemente e não encontrasse mais na sua raça um meio correspondente ao grau que atingiu, encarnará entre um povo mais adiantado. À medida que uma geração dá um passo para frente, atrai por simpatia Espíritos mais adiantados, os quais são, talvez, os mesmos que já haviam vivido no mesmo país e que, por seu progresso, dele se tinham afastado. É assim que, de passo em passo, uma nação avança. Se a maioria dos seus novos habitantes fosse de natureza inferior e os antigos emigrassem diariamente e não mais descessem a um meio inferior, o povo acabaria por degenerar e, afinal, por ser extinto.
OBSERVAÇÃO. — Essas questões levantam outras que encontram
solução no mesmo princípio; por exemplo: de onde vem a diversidade de
raças na Terra? — Haverá raças rebeldes ao progresso? — A raça negra
é suscetível de atingir o nível das raças europeias? — A escravidão
é útil ao progresso das raças inferiores? Como se pode operar a transformação
da Humanidade? (O Livro dos Espíritos: “Lei
de progresso”, nº 776 e seguintes; Revista Espírita, janeiro
de 1862, pág. 1: “Doutrina
dos anjos decaídos”; Id., abril de 1862, pág. 97: “Perfectibilidade
da raça negra”.[Obs. Ver “Nota
explicativa.”])