TEMAS CORRELATOS: Cognomes de Jesus. | Cristianismo. | Cristo. | Emanuel. | Espírito de Verdade. | Filho do Homem. | Jesus Cristo. | Messias. | Missão. | Natureza do Cristo. | Nazareno. | Profeta.
Um título do Messias (Sl 2. 7; Jo 1. 49; cp. 2 Sam 7. 14); em seu sentido mais profundo expressa a misteriosa relação existente entre o Pai eterno e o Filho eterno. Na Versão Revisada do Novo Testamento a designação de Filho de Deus é usada quarenta e cinco vezes, sendo que em quarenta e quatro delas designa inequivocamente nosso Senhor (Mt 4. 3, 6; 16. 16; 26. 63; 27. 43; Mc 1. 1), e no restante caracterizando Adão (Lc 3. 38). Em João 3. 18 Cristo é chamado de Filho unigênito de Deus. Duas razões são sugeridas para o título: sua geração eterna (Heb 7. 3) e seu milagroso nascimento pela ação do Espírito Santo (Lc 1. 35). Como filho de Deus, Cristo encerra todas as perfeições infinitas essenciais de Deus (Jo 1. 1-14; 10. 30-38; Flp 2. 6), e é uno com Deus (Jo 5. 17-25), subordinando a Ele sua subsistência e ação; sendo assim: É do Pai, está junto ao Pai e o Pai opera por ele (Jo 3. 16, 17; 8. 42; Gl 4. 4; Heb 1. 2). Desta forma, a palavra filho não é um termo de condição, mas de natureza. Tem a mesma natureza, um fato que inclui igualdade com Deus. A reivindicação foi confirmada por nosso Senhor (Lc 22. 70; Jo 10. 36; 11. 4; 19. 7), e destacada pelos apóstolos (At 9. 20; Gl 2. 20, etc.; 1 Jo 3. 8; 5. 5, 10, 13, 20), e por isso é que ele foi condenado pelo Sanhedrin como blasfemo (Mt 26. 63-66; Mc 14. 61-64); mas a justiça de sua reivindicação havia sido reconhecida por ocasião do seu batismo pela descida sobre ele do Espírito Santo, acompanhado por uma expressão vocal audível [voz direta] do seu Pai celestial (Mt 3. 16, 17; Mc 1. 10, 11; Lc 3. 22; Jo 1. 32-34); assim igualmente na transfiguração (Mt 17. 5; Mc 9. 7; Lc 9. 35; 2 Pe 1. 17). Seu caráter e suas obras confirmaram-no (Jo 1. 14; 10. 36-38; Heb 1. 3). E foi declarado ser o Filho de Deus com poder, de acordo com o espírito de santidade pela ressurreição dentre os mortos (Rm 1. 4), e pela sua ascensão (Heb 1. 3). Em uma passagem do V. T. a expressão Filho de Deus aparece (Dan 3. 25 na Versão Autorizada), mas a versão revista altera para filho dos deuses; o orador era um pagão da Babilônia. [Obs. Como vemos, o texto acima refere-se mais precisamente à pessoa de Jesus. A expressão “Filho de Deus” deve ser utilizada como nome próprio. Assim, a veneração que temos por Jesus não é menor do que a de nosso Pai que é Deus.] † — (Dicionário da Bíblia de John D. Davis) ©