Ninguém
é profeta em sua terra. (1,
2.) — Morte e paixão de Jesus. (3-9.)
— Perseguição aos apóstolos. (10-13.)
— Cidades impenitentes. (14.)
— Ruína do Templo e de Jerusalém. (15-21.)
— Maldição aos fariseus.
(22, 23.) — Minhas palavras não passarão. (24-26.)
— A pedra angular. (27,
28.) — Parábola dos vinhateiros homicidas. (29,
30.) — Um só rebanho e um só pastor. (31,
32.) — Advento de Elias. (33,
34.) — Anúncio do Consolador. (35-42.)
— Segundo advento do Cristo. (43-46.)
— Sinais precursores. (47-58.)
— Vossos filhos e vossas filhas profetizarão. (59-61.)
— Juízo final. (62-67.) |
MALDIÇÃO
AOS FARISEUS.
22. — (João Batista.) — Vendo muitos fariseus e saduceus que
acorriam para ser batizados, ele lhes disse: Raça de víboras, quem vos
ensinou a fugir da cólera que há de cair sobre vós? Produzi então dignos
frutos de penitência; não penseis em dizer de vós para convosco: Temos
Abraão por pai, porquanto eu vos declaro que Deus pode fazer que destas
próprias pedras nasçam filhos a Abraão. O machado já está posto à raiz
das árvores e toda árvore que não der bons frutos será cortada e lançada
ao fogo. (São
Mateus, capítulo III, vv. 7 a 10.)
23. — Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque fechais aos homens o reino dos Céus; lá não entrais e ainda vos opondes a que outros entrem!
Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, que, a pretexto das vossas longas orações, devorais as casas das viúvas; tereis por isso um julgamento mais rigoroso!
Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, que percorreis o mar e a terra para fazer um, prosélito e que, depois de o haverdes conseguido, o tornais duas vezes mais digno do inferno do que vós mesmos!
Ai de vós, condutores de cegos, que dizeis: Se um homem jura pelo templo, isso nada vale; quem quer, porém, que jure pelo ouro do templo fica obrigado a cumprir o seu juramento! Insensatos e cegos que sois! A qual se deve mais estimar: ao ouro, ou ao templo que santifica o ouro? Se um homem, dizeis, jura pelo altar, isso nada vale; mas, aquele que jurar pelo dom que esteja sobre o altar fica obrigado a cumprir o seu juramento. Cegos que sois! A que se deve mais estimar, ao dom ou ao altar que santifica o dom? Aquele, pois, que jura pelo altar jura não só pelo altar, como por tudo o que está sobre o altar; e aquele que jura pelo templo jura por aquele que o habita; e aquele que jura pelo Céu jura pelo trono de Deus e por aquele que aí se assenta.
Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, que pagais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e que tendes abandonado o que há de mais importante na lei, a saber: a justiça, a misericórdia e a fé! Essa as coisas que deveis praticar, sem, contudo, omitirdes as outras. Guias cegos, que tendes grande cuidado em coar o que bebeis, por medo de engolir um mosquito e que, no entanto, engolis um camelo!
Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, que limpais por fora o copo e o prato e que estais por dentro cheios de rapina e impureza! Fariseus cegos! limpai primeiro o interior do copo e do prato, a fim de que também o exterior fique limpo.
Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, que vos assemelhais a sepulcros caiados, que por fora parecem belos aos olhos dos homens, mas que; por dentro, estão cheios de ossadas de mortos e de toda espécie de podridão! Assim, por fora pareceis justos, enquanto que, por dentro, estais cheios de hipocrisia e de iniquidade.
Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, que erigis túmulos aos profetas
e adornais os monumentos dos justos e que dizeis: Se existíssemos no
tempo de nossos pais, não nos teríamos associado a eles para derramar
o sangue aos profetas! Acabais, pois, assim, de encher a medida de vos
pais. Serpentes, raça de víboras, como podereis evitar a condenação
ao inferno? Eis que vou enviar-vos profetas, homens de sabedoria e escribas
e matareis a uns, crucificareis a outros e a outros açoitareis nas vossas
sinagogas e os perseguireis de cidade em cidade a fim de que recaia
sobre vós todo o sangue inocente que há sido derramado na Terra, desde
o sangue de Abel, o justo, até o de Zacarias, filho de Baraquias, que
matastes entre o templo e o altar! — Digo-vos, em verdade, que tudo
isso virá recair sobre esta raça que existe hoje. (São
Mateus, capítulo XXIII, vv. 13 a 36.)