Reunião pública de 29-8-1960. n
Questão n.º 226 - § 3.º
1 Em matéria de respeito ao livre-arbítrio, reparemos a conduta do Cristo, junto daqueles que lhe partilham a marcha.
2 Companheiro de João Batista, não lhe torce a vocação.
3 Em circunstância alguma encarcera espiritualmente os discípulos em atitudes determinadas.
4 Ajuda sem pedir adesões.
5 Ensina sem formular exigências.
6 Escarnecido em Nazaré, onde fixara moradia, não procura evidenciar-se.
7 Renova Maria de Magdala, sem constrangê-la.
8 Não ameaça Nicodemos, porque o doutor da lei não lhe compreenda de pronto a palavra. ( † )
9 Não exibe poderes divinatórios para impressionar o Sinédrio. ( † )
10 Permite que Pedro o renegue à vontade. ( † )
11 Deixa que Judas deserte como deseja. ( † )
12 Confere a Pilatos e Ântipas pleno direito de decisão.
13 Não impede que os amigos durmam no horto, enquanto ora em momento grave. ( † )
14 O cireneu ( † ) que se destaca, a fim de auxiliá-lo no transporte da cruz, é trazido pelo povo, mas não rogado por ele mesmo.
15 E, ainda depois da morte, volvendo ao convívio dos irmãos de ideal, não tem qualquer bravata de interventor. ( † )
16 Entende as dúvidas de Tomé. ( † )
17 E quando visita Saulo de Tarso, às portas de Damasco, aparece na condição de um amigo, sem qualquer intuito de violência. ( † )
18 Onde surge, o Mestre define a luz e o amor em si mesmo, indicando, no próprio exemplo, o roteiro certo, mas sem coagir pessoa alguma nessa ou naquela resolução.
19 Quando quiseres verificar se os Espíritos comunicantes são bons e sábios, rememora o padrão de Jesus e perceberás que são realmente sábios e bons se te ajudam a realizar todo o bem com esquecimento de todo o mal, sem te afastarem da responsabilidade de escolheres o teu caminho e de seguires adiante com os próprios pés.
Emmanuel
[1] No livro impresso da 1.ª edição, o item estudado nessa reunião de 29-8-1960 indica a Questão n.º 224 - § 3.º, na qual não há a divisão por parágrafos (§§).