“Ingratos, os homens se afastaram do caminho reto e largo que conduz ao reino de meu Pai…” — O Espírito de Verdade. n
1 — “Monstro! Monstro! Olhe o monstro!… — Esse era o grito n
Quando ele vinha… O rosto bexiguento…
A mão mirrada… A calva exposta ao vento…
Arrimado ao bastão, coxeante e aflito…
2 Um dia cai… Arrasta-se, febrento…
Ziguezagueia o cérebro em conflito
E morre qual se fora cão maldito
No caos de um formigueiro em movimento…
3 Liberto enfim!… Alegre e delirante,
Sonha empunhar espada e fino guante
Picando irmãos em luta fratricida!…
4 Desperta! E oscula em lágrimas ditosas
As pequeninas feras belicosas
Com quem purgara os erros de outra vida.
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LAFAYETTE MELO — Filho de Desidério de Melo e de D. Clarinda de Melo, L. Melo, além de poeta, foi professor, poliglota e jornalista. Um dos fundadores e diretores de O Garoto, em sua terra natal. Órfão de pai desde cedo, foi um autodidata. Desde que se tornou espírita, passou a ser devotado colaborador de A Flama (hoje, A Flama Espírita), semanário espírita uberabense, com sonetos bem trabalhados, de conteúdo doutrinário. (Uberaba, Minas, 21 de Outubro de 1892 — Patrocínio, Minas, 15 de Agosto de 1953.)
[1] renascimento. Evidentemente, nada tem a ver com o estilo Renascença do 1º verso, e sim, com a reencarnação.
[2] Eis parte do texto integral: “Mas, ingratos, os homens se afastaram do caminho reto e largo que conduz ao reino de meu Pai e enveredaram pelas ásperas sendas da impiedade.” (Allan Kardec, O Evangelho seg. o Espiritismo, cap. VI, “Instruções dos Espíritos”, “O advento do Espírito de Verdade”.)
[3] Atente-se no ritmo do 1º hemistíquio, inteiramente jâmbico.
[4] Aliteração em p.
[5] Religião da Luz: o Espiritismo ou Doutrina Espírita a que os Espíritos costumam chamar a Religião Cósmica do Amor e da Sabedoria.
[6] Suarabácti: “ca-ta-le-p-si-a”. Cf. nota 1, do cap. 10 da 1ª Parte.
[7] Note-se a epímone. — Cf. 1ª nota do cap. 3 da 1ª Parte.
[8] Mesarquia. — Cf. 2ª nota do cap. 7 da 1ª Parte.