1 Senhor Jesus!
Junto dos irmãos que reverenciam as mães que os amam, para as quais te rogamos os louros que mereceram, embora atentos à lei de causa e efeito que a Doutrina Espírita nos recomenda considerar, vimos pedir abençoes também as mães esquecidas, para quem a maternidade se erigiu em purgatório de aflição!…
2 Pelas que jazem na largueza da noite, conchegando ao peito os rebentos do próprio sangue, para que não morram de frio;
3 pelas que estendem as mãos cansadas na praça pública, suplicando, em nome da compaixão, o sustento que o mundo lhes deve à necessidade;
4 pelas que se refugiam, nas furnas da natureza, acomodando crianças enfermas entre as fezes dos animais;
5 pelas que revolvem latas de lixo, procurando alimento apodrecido de que os próprios cães se afastam com nojo;
6 pelas que pintam o rosto, escondendo lágrimas, no impulso infeliz de venderem o próprio corpo a corações desalmados, acreditando erroneamente que só assim poderão medicar os filhos que a enfermidade ameaça com a morte;
7 pelas que descobriram calúnia e fel nas bocas que amamentaram;
8 pelas que foram desprezadas nos momentos difíceis;
9 pelas que se converteram em sentinelas da agonia moral, junto aos catres de provação;
10 pelas que a viuvez entregou à cobiça de credores inconscientes;
11 pelas que enlouqueceram de dor e foram trancadas nos manicômios;
12 e por aquelas outras que a velhice da carne cobriu de cabelos brancos e, sem ninguém que as quisesse; foram acolhidas como sombras do mundo, nos braços da caridade!…
13 São elas, Senhor, as heroínas da retaguarda, que pagam à Terra os mais altos tributos de sofrimento… 14 Tu que reconfortaste a samaritana ( † ) e secaste o pranto da viúva de Naim, ( † ) que restauraste o equilíbrio de Madalena ( † ) e levantaste a menina de Jairo, ( † ) recorda as filhas de Jerusalém que te partilharam as agonias da cruz, quando todos te abandonavam, e compadece-te da mulher!…
Emmanuel
[1] Essa mensagem, diferindo nas palavras marcadas e [entre colchetes], foi publicada originalmente em 1962 pela FEB e é a 29ª lição do
livro “Justiça Divina.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto do livro impresso.