1.
No dia imediato, pela manhã, em companhia de entidades ignorantes e
transviadas, dirigimo-nos para confortável residência, onde espetáculo
inesperado nos surpreenderia.
2 O edifício de enormes
dimensões denunciava a condição aristocrática dos moradores, não só
pela grandeza das linhas, mas também pelos admiráveis jardins que o
rodeavam.
3 Paramos junto à
ala esquerda, notando-a ocupada por muitas personalidades espirituais
de aspecto deprimente. Rostos patibulares, carantonhas sinistras. Indiscutivelmente,
aquela construção residencial permanecia vigiada por carcereiros frios
e impassíveis, a julgar pelas sombras que os cercavam.
4 Transpus o limiar, de alma
opressa.
O ar jazia saturado de elementos intoxicantes. Dissimulei, a custo, o mal-estar, recolhendo impressões aflitivas e dolorosas.
5 Entidades inferiores,
em grande cópia, afluíram à sala de entrada, sondando-nos as intenções.
De posse, porém, das instruções do nosso orientador, tudo fazíamos para
nos assemelharmos a delinquentes vulgares. 6
Reparei que o próprio Gúbio se fizera tão escuro, tão opaco na organização
perispirítica, que de modo algum se faria reconhecível, à exceção de
nós que o seguíamos, atentos, desde a primeira hora.
7 Instado por Sérgio, um gaiato
rapaz que nos introduziu com maneiras menos dignas, Saldanha, o diretor
da falange operante, veio receber-nos.
8 Pôs-se a fazer gestos hostis,
mas, ante a senha com que Gregório nos favorecera, admitiu-nos na condição
de companheiros importantes.
— O chefe deliberou apertar o cerco? — Perguntou ao nosso Instrutor, confidencialmente.
— Sim, — informou Gúbio, de modo vago, — desejaríamos examinar as condições
gerais do assunto e auscultar a doente.
9 — A jovem senhora
vai cedendo, devagarinho, — esclareceu a singular personagem, indicando-nos
vasto corredor atulhado de substâncias fluídicas detestáveis.
Acompanhou-nos, um tanto solícito, mas desconfiado, e, em seguida a
breve pausa, deixou-nos livre a entrada da grande câmara de casal.
10 A manhã resplandecia, lá
fora, e o sol visitava o quarto, através da vidraça cristalina.
Mulher ainda moça, mostrando extrema palidez nas linhas nobres do semblante digno, entregava-se a tormentosa meditação.
Compreendi que atingíramos a intimidade de Margarida, a obsidiada que
o nosso orientador se propunha socorrer.
11 Dois desencarnados, de
horrível aspecto fisionômico, inclinavam-se, confiantes e dominadores,
sobre o busto da enferma, submetendo-a a complicada operação magnética.
Essa particularidade do quadro ambiente dava para espantar. 12
No entanto, meu assombro foi muito mais longe, quando concentrei todo
o meu potencial de atenção na cabeça da jovem singularmente abatida.
Interpenetrando a matéria espessa da cabeceira em que descansava, surgiam
algumas dezenas de “corpos ovóides”, de vários tamanhos e de cor plúmbea,
assemelhando-se a grandes sementes vivas, atadas ao cérebro da paciente
através de fios sutilíssimos, cuidadosamente dispostos na medula alongada.
13 A obra dos perseguidores
desencarnados era meticulosa, cruel.
Margarida, pelo corpo perispirítico, jazia absolutamente presa, não
só aos truculentos perturbadores que a assediavam, mas também à vasta
falange de entidades inconscientes, que se caracterizavam pelo veículo
mental, [os ovóides,] a se lhe apropriarem das forças, vampirizando-a
em processo intensivo.
14 Em verdade, já observara,
por mim, grande quantidade de casos violentos de obsessão, mas sempre
dirigidos por paixões fulminatórias. Entretanto, ali verificava o cerco
tecnicamente organizado.
Evidentemente, as “formas ovóides” haviam sido trazidas pelos hipnotizadores
que senhoreavam o quadro.
15 Com a devida permissão,
analisei a zona física hostilizada. Reparei que todos os centros metabólicos
da doente apareciam controlados. A própria pressão sanguínea demorava-se
sob o comando dos perseguidores. A região torácica apresentava apreciáveis
feridas na pele e, examinando-as, cuidadoso, vi que a enferma inalava
substâncias escuras que não somente lhe pesavam nos pulmões, mas se
refletiam, sobremodo, nas células e fibras conjuntivas, formando ulcerações
na epiderme.
16 A vampirização era incessante.
As energias usuais do corpo pareciam transportadas às “formas ovóides”,
que se alimentavam delas, automaticamente, num movimento indefinível
de sucção.
17 Lastimei a impossibilidade
de consulta imediata ao Instrutor, porquanto Gúbio, naturalmente, se
estivesse livre, nos forneceria esclarecimentos amplos, mas concluí
que a infortunada senhora devia ter sido colhida através do sistema
nervoso central, de vez que os propósitos sinistros dos perseguidores
se faziam patentes quanto à vagarosa destruição das fibras e células
nervosas.
18 Margarida demonstrava-se
exausta e amargurada.
Dominadas as vias do equilíbrio no cerebelo e envolvidos os nervos óticos pela influência dos hipnotizadores, seus olhos espantados davam ideia dos fenômenos alucinatórios que lhe acometiam a mente, deixando perceber o baixo teor das visões e audições interiores a que se via submetida.
19 Interrompi, no entanto,
as observações acuradas, a fim de verificar a atitude psicológica do
nosso orientador, que se arriscara à aventura para socorrer aquela senhora
doente a quem amava por filha muito querida ao coração.
20 Esforçava-se Gúbio por não
trair a imensa piedade que o senhoreava, diante da enferma conduzida
para a morte.
2.
Dentro de minha condição de humanidade, reconheci que, se a doente me
fosse assim tão cara, não teria vacilado um momento. Movimentaria passes
de libertação, ao longo do bulbo, retirar-lhe-ia aquela carga pesada
e inútil de mentes enfermiças e, em seguida, lutaria contra os perseguidores,
um a um.
2 Nosso Instrutor, porém,
assim não procedeu.
Fixou a paisagem aflitiva com inequívoca tristeza, mas, logo após, demorou o olhar bondoso em Saldanha, como a pedir-lhe impressões mais profundas.
3 Secretamente tocado pelo
impulso positivo do nosso dirigente, o chefe da tortura se sentiu na
obrigação de prestar-lhe informações espontâneas.
4 — Estamos em serviço mais
ativo, há dez dias precisamente, — elucidou, resoluto. — A presa foi
colhida em cheio e, felizmente, não contamos com qualquer resistência.
Se vieram colaborar conosco, saibam que, segundo acredito, não temos
maior trabalho a fazer. Mais alguns dias e a solução não se fará esperar.
5 A meu ver, Gúbio conhecia
todas as particularidades do assunto, mas, no propósito evidente de
captar simpatia, interrogou:
— E o marido?
— Ora, — esclareceu Saldanha com escarninho sorriso, — o infeliz não tem a
menor noção de vida moral. Não é mau homem; todavia, no casamento foi
apenas transferido de “gozador da vida” a “homem sério”. A paternidade
constituir-lhe-ia um trambolho e filhinhos, se os recebesse, não passariam
para ele de curiosos brinquedos. Hoje, conduzirá a esposa à igreja.
6 E, reforçando a inflexão
sarcástica, acentuou:
— Vão à missa, na esperança de melhoras.
7 Mal acabara a informação,
tristonho e simpático cavalheiro; em cuja expressão carinhosa identifiquei,
de pronto, o esposo da vítima, entrou no aposento, com ela permutando
palavras amorosas e confortantes.
Amparou-a, prestimoso, e ajudou-a a vestir-se com esmero.
8 Decorridos alguns
minutos, notei, apalermado, que os cônjuges, acompanhados por extensa
súcia de perseguidores, tomavam um táxi na direção dum templo católico.
9 Seguimo-los sem detença.
O veículo, a meu ver, transformara-se como que num carro de festa carnavalesca.
Entidades diversas aboletavam-se dentro e em torno dele, desde os pará-lamas
até o teto luzente.
10 Minha curiosidade era enorme.
Descendo à porta de elegante santuário, observei estranho espetáculo. A turba de desencarnados, em posição de desequilíbrio, era talvez cinco vezes maior que a assembleia de crentes em carne e osso. Compreendi, logo, que em maior parte ali se achavam com o propósito deliberado de perturbar e iludir.
11 Saldanha encontrava-se excessivamente
preocupado com as vítimas, para dispensar-nos maior atenção e, intencionalmente,
Gúbio afastou-se um tanto, em nossa companhia, a fim de confiar-nos
alguns esclarecimentos.
12 Penetramos o templo onde
se comprimiam nada menos de sete a oito centenas de pessoas.
A algazarra dos desencarnados ignorantes e perturbadores era de ensurdecer.
A atmosfera pesava. A respiração fizera-se-me difícil pela condensação
dos fluidos semicarnais ali reinantes; 13
todavia, ao fixar os altares, confortante surpresa aliviou-me o coração.
Dos adornos e objetos do culto emanava doce luz que se espraiava pelos
cimos da nave visitada de sol; fazia-se perceptível a nítida linha divisória
entre as energias da parte inferior do recinto e as do plano superior.
Dividiam-se os fluidos, à maneira de água cristalina e azeite impuro,
num grande recipiente. n
14 Contemplando a formosa claridade
dos nichos, perguntei ao nosso Instrutor:
— Que vemos? Não reza o segundo mandamento, trazido por Moisés, que o homem
não deve fazer imagens de escultura para representar a Paternidade Celeste? ( † )
15 — Sim, — concordou o orientador,
— e determina o Testamento que ninguém se deve curvar diante delas.
Efetivamente, pois, André, é um erro criar ídolos de barro ou de pedra
para simbolizar a grandeza do Senhor, quando nossa obrigação primordial
é a de render-lhe culto na própria consciência; entretanto, a Bondade
Divina é infinita e aqui nos achamos perante apreciável quantidade de
mentes infantis.
16 E sorrindo, acrescentou:
— Quantas vezes, meu amigo, a criança acalenta bibelôs, a fim de preparar-se
convenientemente para as responsabilidades da vida madura? Ainda existem
na Terra tribos primitivas que adoram o Pai na voz do trovão e coletividades
vizinhas da taba que fazem de vários animais objeto de idolatria. Nem
por isso o Senhor as abandona. Vale-se dos impulsos elevados que elas
lhe oferecem e socorre-lhes as necessidades educativas. 17
Nesta casa de oração, os altares recebem as projeções de matéria mental
sublimada dos crentes. Há quase um século, as preces fervorosas de milhares
deles aqui envolvem os nichos e apetrechos do culto. É natural que resplandeçam.
18 Através de semelhante
material, os mensageiros celestes distribuem dádivas espirituais com
todos quantos sintonizem com o Plano superior. A luz que oferecemos
ao Céu serve sempre de base às manifestações do Céu para a Terra.
19 Ante ligeira pausa, alonguei
o olhar pela multidão bem vestida.
Quase todas as pessoas, ainda aquelas que ostentavam nas mãos delicados
objetos de culto, revelavam-se mentalmente muito distantes da verdadeira
adoração à Divindade. 20
O halo vital de que se cercavam definia pelas cores o baixo padrão vibratório
a que se acolhiam. Em grande parte, dominavam o pardo-escuro e o cinzento-carregado.
21 Em algumas, os
raios rubro-negros denunciavam cólera vingativa que, a nossos olhos,
não conseguiriam disfarçar.
22 Entidades desencarnadas,
em deplorável situação, espalhavam-se em todos os recantos, nas mesmas
características.
Reconheci que os crentes elegantes, ainda mesmo que desejassem orar
com sinceridade, precisariam despender imenso esforço.
23 A liturgia anunciou
o início da cerimônia, mas, com grande assombro para mim, o sacerdote
e os acólitos, não obstante se dirigirem para o campo de luz do altar-mor,
envergando soberba vestimenta, jaziam em sombras, sucedendo o mesmo
aos assistentes. 24
Entretanto, procedendo de Mais Alto, três entidades de sublime posição
hierárquica se fizeram visíveis à santa mesa, com o evidente propósito
de ali semearem os benefícios divinos. Magnetizaram as águas expostas,
saturando-as de princípios salutares e vitalizantes, como acontece nas
sessões de Espiritismo Cristão, e, em seguida, passaram a fluidificar
as hóstias, transmitindo-lhes energias sagradas à fina contextura.
25 Admirado, voltei a observar
a plateia religiosa, mas os irmãos ignorantes que operavam no templo,
sem corpo físico, tanto quanto ocorria aos encarnados, nem de longe
registavam a presença dos nobres emissários espirituais que agiam em
nome do Infinito Bem.
26 Reparei, através
do halo de muita gente, que determinado número de frequentadores se
esforçava por melhorar a atitude mental na oração. Reflexos arroxeados,
tendendo a vacilante brilho, apareciam aqui e acolá; contudo, os malfeitores
desencarnados propositadamente se postavam ao pé dos que se candidatavam
à fé renovadora e reverente, buscando conturbá-los. 27
Não longe, fixei a atenção numa senhora que acompanhava o sacerdote
com o manifesto desejo de receber a bênção celestial; os olhos úmidos
e os tênues raios de luz, que se lhe projetavam da mente, diziam da
sincera aspiração à vida superior que, naquele instante, lhe banhava
o pensamento devoto; entretanto, dois transviados da Esfera inferior,
percebendo-lhe a esperança construtiva, tentavam anular-lhe a atenção
e, segundo o que me foi permitido verificar, lhe sugeriam reminiscências
de baixo teor, inutilizando-lhe a tentativa.
28 Voltei-me para o orientador,
que prestimosamente explicou:
— A história de gênios satânicos, atacando os devotos de variados matizes,
é, no fundo, absolutamente verdadeira. 29
As inteligências pervertidas, incapazes de receber as vantagens celestes,
transformam-se em instrumentos passivos das inteligências rebeladas,
que se interessam pela ignorância das massas, com lastimável menosprezo
pela espiritualidade superior que nos governa os destinos. 30
A aquisição de fé, por isto mesmo, demanda trabalho individual dos mais
persistentes. A confiança no bem e o entusiasmo de viver que a luz religiosa
nos infunde modificam-nos a tonalidade vibratória. 31
Lucramos infinitamente com a imersão das forças interiores no sublimado
idealismo da crença santificante, a que nos afeiçoamos; todavia, o serviço
real que nos cabe não se resume só a palavras. A profissão de fé não
é tudo. 32 A experiência
da alma no corpo denso destina-se, de maneira fundamental, ao aprimoramento
do indivíduo. É nos atritos da marcha que o ser se desenvolve, se apura
e ilumina. 33 Não
obstante, a tendência dos crentes, em geral, é a de fugir aos conflitos
da senda. Pessoas existem que depois de servirem ao ideal religioso,
durante dois anos, pretendem o repouso de vinte séculos. 34
Em todas as casas de fé, os mensageiros do Senhor distribuem favores
e bênçãos compatíveis com as necessidades de cada um; entretanto, é
imprescindível que se prepare o coração nas linhas do mérito, a fim
de recolhê-los. Entre emissão e recepção, prevalece o imperativo da
sintonia. Sem esforço preparatório, é impossível ambientar o benefício.
35 Embalde imporíamos,
de imediato, ao homem selvagem a vida num palácio erguido pela cultura
moderna. Aos acordes de nossa música, preferiria ele os ruídos da ventania,
e um cabaz de flechas lhe pareceria mais valioso que um dos nossos mais
perfeitos parques industriais. Portanto, para que alguém se coloque
a caminho das eminências sociais, é indispensável seja educado, de boa
vontade, aceitando as sugestões de melhoria e serviço.
36 Gúbio espraiou o olhar através
da multidão que presenciava a cerimônia, aparentemente contrita, e acentuou:
— Em verdade, a missa é um ato religioso tão venerável quanto qualquer outro
em que os corações procuram identificar-se com a Proteção Divina; no
entanto, raros são aqueles que trazem até aqui o espírito efetivamente
inclinado à assimilação do auxílio celestial. 37
E para a formação de semelhante clima interior, cada crente, além do
serviço de purificação dos sentimentos, necessitará também combater
a influência dispersiva e perturbadora que procede dos companheiros
desencarnados que lhe buscam arrefecer o fervor.
38 Continuou Gúbio a prestar-nos
valiosos esclarecimentos alusivos à solenidade, enquanto a missa se
encaminhava para a fase final.
39 As vozes do coro como que
projetavam vibrações harmoniosas e lúcidas ao longo da nave radiosa,
e vi, num deslumbramento, que muitos Espíritos sublimes penetraram o
recinto, de semblante glorificado, rumando para o altar, onde o celebrante
elevava o cálice, depois de abençoar a sagrada partícula.
40 Intensa luminosidade
fluía do sacrário, envolvendo todo o material do culto, mas, surpreendido,
reparei que o sacerdote, ao erguer a oferta sublime, apagou a luz que
a revestia com os raios cinzento-escuros que ele próprio expedia em
todas as direções. 41
Logo após, quando se preparou a distribuir o alimento eucarístico entre
os onze comungantes que se prosternavam, humildes, à mesa adornada de
alvo linho, notei que as hóstias, no prateado recipiente que as custodiava,
eram autênticas flores de farinha, coroadas de doce esplendor. Irradiavam
luz com tanta força que o magnetismo obscuro das mãos do ministro não
conseguia inutilizá-las. 42
Todavia, à frente da boca que se dispunha a receber o pão simbólico,
enegreciam como por encanto. Somente uma senhora, ainda jovem, cuja
contrição era irrepreensível, recolheu a flor divina com a pureza desejável.
Vi a hóstia, qual foco de fluidos luminescentes, atravessar a faringe,
alojando-se-lhe a claridade em pleno coração.
43 Intrigado, procurei ouvir
o Instrutor que, muito ponderado, elucidou sem delonga:
— Apreendeste a lição? O celebrante, apesar de consagrado para o culto,
é ateu e gozador dos sentidos, sem esforço interior de sublimação própria.
44 A mente dele paira
longe do altar. Acha-se sumamente interessado em terminar a cerimônia
com brevidade, de modo a não perder uma alegre excursão em perspectiva.
45 Quanto aos que
compareceram à mesa da eucaristia, cheios de sentimentos rasteiros e
sombrios, eles mesmos se incumbem de anular as dádivas celestes, antes
que lhes tragam benefícios imerecidos. 46
Temos aqui grande quantidade de crentes titulares, mas muito poucos
amigos do Cristo e servidores do bem.
47 O “ite, missa
est” [ide, a missa acabou,] dispersou os fiéis que, ao fim da reunião,
mais se assemelhavam a barulhento bando de passarinhos de bela plumagem.
48 Absorto em fundas reflexões,
ante o que me fora dado observar, acompanhei o nosso orientador e Elói,
para junto da enferma e do esposo, que se retiraram, de regresso ao
lar, cercados pelo mesmo séquito de entidades infelizes, sem a menor
alteração.
André Luiz
[1]
[Para que o exemplo seja plausível, com o “azeite impuro” na parte
inferior, é necessário que essa impureza fosse constituída por substâncias
muito pesadas, senão o azeite flutuaria.]