“Não são os que gozam saúde que precisam de médico.” — JESUS — Mateus, 9.12.
“Jesus se acercava, principalmente, dos pobres e dos deserdados, porque são os que mais necessitam de consolações; dos cegos dóceis e de boa-fé, porque pedem se lhes dê a vista e não dos orgulhosos que julgam possuir toda a luz e de nada precisar.” — Cap. XXIV, 12
1 Milhões de nós outros, — os Espíritos encarnados e desencarnados em serviço na Terra, — somos almas enfermas de muitos séculos.
2 Carregando débitos e inibições, contraídos em existências passadas ou adquiridos agora, proclamamos em palavras sentidas que Jesus é o nosso Divino Médico. E basta ligeira reflexão para encontrar no Evangelho a coleção de receitas articuladas por ele, com vistas à terapia da alma.
3 Todas as indicações do sublime formulário primam pela segurança e concisão.
4 Nas perturbações do egoísmo: “faze aos outros o que desejas que os outros te façam.” ( † )
5 Nas convulsões dá cólera: “na paciência possuirás a ti mesmo.” ( † )
6 Nos acessos de revolta: “humilha-te e serás exaltado.” ( † )
7 Na paranoia da vaidade: “não entrarás no Reino do Céu sem a simplicidade de uma criança.” ( † )
8 Na paralisia de espírito por falsa virtude: “se aspiras a ser o maior, sê no mundo o servo de todos.” ( † )
9 Nos quistos mentais do ódio: “ama os teus inimigos.” ( † )
10 Nos delírios da ignorância: “aprende com a verdade e a verdade te libertará.” ( † )
11 Nas dores por ofensas recebidas: “perdoa setenta vezes sete.” ( † )
12 Nos desesperos provocados por alheias violências: “ora pelos que te perseguem e caluniam.” ( † )
13 Nas crises de incerteza, quanto à direção espiritual: “se queres vir após mim, nega a ti mesmo, toma a tua cruz e segue-me.” ( † )
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14 Nós, as consciências que nos reconhecemos endividadas, regozijamo-nos com a declaração consoladora do Cristo:
— “Não são os que gozam de saúde os que precisam de médico.” ( † )
15 Sim, somos Espíritos enfermos com ficha especificada nos gabinetes de tratamento, instalados nas Esferas Superiores, dos quais instrutores e benfeitores da Vida Maior nos acompanham e analisam ações e reações, mas é preciso considerar que o facultativo, mesmo sendo Nosso Senhor Jesus Cristo, não pode salvar o doente e nem auxiliá-lo de todo, se o doente persiste em fugir do remédio.
Emmanuel