“Não fazem os publicanos também o mesmo?” — Jesus. (MATEUS, 5.46)
1 Trabalhar no horário comum irrepreensivelmente, cuidar dos deveres domésticos, satisfazer exigências legais e exercitar a correção de proceder, fazendo o bastante na esfera das obrigações inadiáveis, são tarefas peculiares a crentes e descrentes na senda diária.
2 Jesus, contudo, espera algo mais do discípulo.
3 Correspondes aos impositivos do trabalho diuturno, criando coragem, alegria e estímulo, em derredor de ti?
4 Sabes improvisar o bem, onde outras pessoas se mostraram infrutíferas?
5 Aproveitas, com êxito, o material que outrem desprezou por imprestável?
6 Aguardas, com paciência, onde outros desesperaram?
7 Na posição de crente, conservas o espírito de serviço, onde o descrente congelou o espírito de ação?
8 Partilhas a alegria de teus amigos, sem inveja e sem ciúme, e participas do sofrimento de teus adversários, sem falsa superioridade e sem alarde?
9 Que dás de ti mesmo no ministério da caridade?
10 Garantir o continuísmo da espécie, revelar utilidade geral e adaptar-se aos movimentos da vida são característicos dos próprios irracionais.
11 O homem vulgar, de muitos milênios para cá, vem comendo e bebendo, dormindo e agindo sem diferenças fundamentais, na ordem coletiva. 12 De vinte séculos a esta parte, todavia, abençoada luz resplandece na Terra com os ensinamentos do Cristo, convidando-nos a escalar os cimos da espiritualidade superior. Nem todos a percebem, ainda, não obstante envolver a todos. Mas, para quantos se felicitam em suas bênçãos extraordinárias, surge o desafio do Mestre, indagando sobre o que de extraordinário estamos fazendo.
Emmanuel