“Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem, mas para nós que somos salvos é o poder de Deus.” — Paulo. (1 CORÍNTIOS, 1.18)
1 A mensagem da cruz é dolorosa em todos os tempos.
2 Do Calvário desceu para o mundo uma voz, a princípio desagradável e incompreensível.
3 No martirológio do Mestre situavam-se todos os argumentos de negação superficialmente absoluta.
4 O abandono completo dos mais amados.
5 A sede angustiosa.
6 Capitulação irremediável.
7 Perdão espontâneo que expressava humilhação plena.
8 Sarcasmo e ridículo entre ladrões.
9 Derrota sem defensiva.
10 Morte infamante.
11 Mas o Cristo usa o fracasso aparente para ensinar o caminho da Ressurreição Eterna, demonstrando que o “eu” nunca se dirigirá para Deus, sem o aprimoramento e sem a sublimação de si próprio.
12 Ainda hoje, a linguagem da cruz é loucura para os que permanecem interminavelmente no círculo de reencarnações de baixo teor espiritual; semelhantes criaturas não pretendem senão mancomunar-se com a morte, exterminando as mais belas florações do sentimento. 13 Dominam a muitos, incapazes do próprio domínio, ajuntam tesouros que a imprudência desfaz e tecem fios escuros de paixões obcecantes em que sucumbem, vezes sem conto, à maneira da aranha encarcerada nas próprias teias.
14 Repitamos a mensagem da cruz ao irmão que se afoga na carne e ele nos classificará à conta de loucos, mas todos nós, que temos sido salvos de maiores quedas pelos avisos da fé renovadora, estamos informados de que, nos supremos testemunhos, segue o discípulo para o Mestre, quanto o Mestre subiu para o Pai, na glória oculta da crucificação.
Emmanuel