1 O pesadelo foge!… Eis que a vida me chama…
Triste recinto escuro asila-me por leito.
Ergo-me fatigado, além do espaço estreito,
E abandono, tremente, o cárcere de lama.
2 Há noite no caminho e noite no meu peito… n
O vento no cipreste é minha dor que clama.
O nome, o lar, o apreço, o ouro, a glória, a fama, n
Tudo, nas mãos da morte, era sonho desfeito.
3 Torno aos meus… Ai de mim! Em vão suplico em casa, n
Ninguém escuta ou vê a aflição que me arrasa,
Embora me desmande em rugidos de fera…
4 Assim, por muito tempo, errei na sombra ignara,
A lembrar, por meu mal, o mal que praticara n
Agravado na dor do bem que não fizera.
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