O Credo é uma fórmula doutrinária ou profissão de fé. No Cristianismo, também é conhecido como símbolo dos apóstolos. A palavra tem origem na palavra credo que significa creio.
O credo era a princípio uma proclamação batismal enunciada pelo catecúmeno, contendo as proposições objeto da fé na qual estava sendo admitido o batizado. Em 325, passou a ser uma síntese dos dogmas da fé promulgada pela autoridade eclesiástica, através do Concílio de Niceia (I). A primeira formulação do tipo credo encontra-se no original de uma carta (c. 225) do bispo Marcelo de Ancyra. De uma tradução, com algumas alterações, do credo de Ancyra se deriva o credo latino ainda hoje adotado.
Existem outras variações do credo: o da Igreja bizantina (381), egípcia (370), o de Justino Mártir (150), o Credo Niceno e outros. O papa Bento VIII, no ano de 1020, introduziu o uso do credo na missa. †
Credo Niceno-Constantinopolitano: (declaração de fé cristã que
é aceito pela Igreja Católica, pela Igreja Ortodoxa, pela Igreja Anglicana
e pelas principais igrejas protestantes.) †
CREDO ESPÍRITA
Crer num Deus todo-poderoso, soberanamente justo e bom; crer na alma
e em sua imortalidade; na preexistência da alma como única justificação
do presente; na pluralidade das existências como meio de expiação, de
reparação e de adiantamento intelectual e moral; na perfectibilidade
dos seres mais imperfeitos; na felicidade crescente com a perfeição;
na equitável remuneração do bem e do mal, segundo o princípio: a cada
um segundo as suas obras; na igualdade da justiça para todos, sem exceções,
favores nem privilégios para nenhuma criatura; na duração da expiação
limitada àquela da imperfeição; no livre-arbítrio do homem, que lhe
deixa sempre a escolha entre o bem e o mal; crer na continuidade das
ligações entre o mundo visível e o mundo invisível; na solidariedade
que religa todos os seres passados, presentes e futuros, encarnados
e desencarnados; considerar a vida terrestre como transitória e uma
das fases da vida do Espírito, que é eterna; aceitar corajosamente as
provações, em vista do futuro mais invejável que o presente; praticar
a caridade em pensamento, em palavras e em ações na mais larga acepção
da palavra; esforçar-se cada dia para ser melhor que na véspera, extirpando
qualquer imperfeição de sua alma; submeter todas as crenças ao controle
do livre exame e da razão, e nada aceitar pela fé cega; respeitar todas
as crenças sinceras, por mais irracionais que nos pareçam e não violentar
a consciência de ninguém; ver enfim nas descobertas da ciência a revelação
das leis da Natureza, que são as leis de Deus: eis o Credo, a religião
do Espiritismo, religião que se pode conciliar com todos os cultos,
isto é, com todas as maneiras de adorar a Deus. — Allan Kardec. ( † )
(Vide também o Cânon Espírita.)