O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão.
Doutrina espírita - 1ª parte.

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Revista espírita — Ano VI — Novembro de 1863.

(Idioma francês)

Novo sucesso do Espírito de Carcassonne.

(Sumário)


O Espírito batedor de Carcassonne  †  mantém sua reputação e prova, pelo sucesso que obtém nos diversos concursos em que se apresenta como candidato, o mérito incontestável de suas excelentes fábulas e poesias. Depois de haver conquistado o primeiro prêmio, a Rosa silvestre de ouro, na Academia dos Jogos Florais de Toulouse, acaba de obter uma medalha de bronze no concurso de Nimes.  †  O Courrier de l’Aude diz a respeito: “Esta distinção é tanto mais lisonjeira quando o concurso não se restringia às fábulas e poesias, mas abarcava todas as obras literárias.”

Por certo esse novo triunfo pressagia outros, para o futuro, pois é provável que esse Espírito continue por lá. Decididamente ele vem a tornar-se um temível concorrente. Que dirão os incrédulos? O que já disseram quando do sucesso de Toulouse: que o Sr. Joubert é um poeta que tem a fantasia de se esconder sob o manto de um Espírito. Mas os que conhecem o Sr. Joubert sabem que ele não é poeta; e ainda que o fosse, o modo de obtenção pela tiptologia, em presença de testemunhas, afasta qualquer dúvida, a menos que se suponha que ele se oculte, não sob a mesa, mas na mesa. Seja como for, fatos desta natureza não podem deixar de chamar a atenção de pessoas sérias e de apressar o momento em que as relações entre os mundos visível e invisível serão admitidas como uma das leis da Natureza. Reconhecida esta lei, a filosofia e a ciência entrarão necessariamente numa nova via. A Providência, que quer o triunfo do Espiritismo, porque o Espiritismo é uma das grandes etapas do progresso humano, emprega diversos meios para fazê-lo penetrar no espírito das massas, meios apropriados aos gostos e às disposições de cada um, visto como aquilo que convence a uns, não convence a outros. Aqui são os sucessos acadêmicos de um Espírito poeta; ali são fenômenos tangíveis provocados ou manifestações espontâneas; acolá são efeitos puramente morais; depois, curas que outrora teriam passado por miraculosas, confundindo a ciência vulgar; produções artísticas por pessoas estranhas às artes. Há os casos de obsessão e de subjugação que,, provando a impotência da Ciência nessas espécies de afecções, levarão os sábios a reconhecer uma ação extramaterial. Finalmente, temos necessidade de acrescentar que os adversários da ideia espírita são, nas mãos da Providência, um dos mais poderosos meios de vulgarização? porque é bastante evidente que sem a repercussão de seus ataques, o Espiritismo estaria menos espalhado do que está. Deus, em os convencendo de sua impotência, quis que eles próprios servissem ao seu triunfo. (Vide a Revista de junho de 1863).


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