Josué, [Jeová é salvação]. †
Um efraimita, filho de Num (Nm 13.8,17) [seu nome original era Osée] ( † ) Comandou os israelitas em seu bem sucedido conflito com os amalequitas em Refidim (Ex 17.8-16). Um auxiliar pessoal de Moisés, esteve com ele no monte Sinai quando o bezerro de ouro foi feito, e entendeu mal o barulho da festa idólatra no acampamento, confundindo-a com o grito de combatentes hostis (Ex 24.13; 32.17,18). Ele teve sob seu encargo a primeira tenda de reunião (33.11). Como príncipe de Efraim, ele foi membro da comissão dos doze enviados para reconhecer a terra de Canaã e sua capacidade de defesa; e uniu-se a Calebe em procurar convencer o povo a ir e possuir a terra (Nm 13.8; 14.6-9). Por isto os dois por pouco escaparam de serem apedrejados até a morte (10), mas Deus recompensou-os por sua fidelidade e confiança em Jeová, mantendo-os vivos para entrarem na terra prometida (30,38). No fim dos quarenta anos de peregrinação pelo deserto, por orientação divina Moisés colocou Josué perante o sumo sacerdote e a congregação em Sitim e ordenou-o publicamente seu sucessor (Nm 27.18-23; Dt 1.38); e logo antes de morrer, o legislador levou Josué ao tabernáculo para receber do Senhor o seu encargo (Dt 31.14,23). Com a morte de Moisés, Josué começou preparações imediatas para cruzar o Jordão. O povo teve três dias de permissão para preparar alimentos (Js 1.10,11), as duas e meia tribos [tribo de Rúben, de Gade e a meia tribo de Manassés] foram lembradas de sua obrigação em prestar ajuda com irmãos armados (12-18), e espiões foram despachados para reconhecerem Jericó (2.1). O acampamento então foi movido até o rio e o povo cuidadosamente instruído com a ordem de marchar (3.1-6). Josué mostrou sua habilidade militar no plano de campanha que adotou para a conquista de Canaã: um acampamento central, vantajosamente situado; a captura das cidades que cercavam seu acampamento; e grandes campanhas seguidas de vitórias. Tropeçou, no entanto, em fazer um tratado com os gaboanitas e em não guarnecer a cidadela dos jebusitas. Por estes dois erros a tribo de Judá ficou então isolada das tribos do norte. Ele executou o mandato para ajuntar o povo em Ebal e Gerizim a fim de ouvir as bênçãos e as maldições (8.30-35). Suas campanhas quebraram o poder dos cananitas, mas não os exterminou. Embora o plano de campanha ainda permanecesse, o tempo obrigava-o a planejar o estabelecimento do país. Ajudado pelo sumo sacerdote e por uma comissão, ele superintendeu a repartição do país conquistado, começando a distribuição enquanto o acampamento estava em Gálgala (Js 14.6 ao cap. 17), e completando-a ao designar as cidades de refúgio e os povoados dos levitas, depois de ter levado o tabernáculo a Silo (18 a 21). Para si ele pediu e obteve um povoado, Timnate-Sera, no monte Efraim (19.50). Quando velho, convocou uma assembleia do povo em Siquém, porque era o lugar do primeiro altar de Abraão ao entrar em Canaã, e a localidade onde as tribos haviam invocado as bênçãos e maldições sobre si. Aí ele fez um discurso poderoso, aconselhando-os a não abandonarem Jeová (24.1-28). Pouco depois morreu, aos 110 anos de idade, e foi enterrado no lugar da sua escolha, Timnate-Sera (29,30). — (Dicionário da Bíblia de John D. Davis) ©