No vasto caminho da Terra, cada criatura procura o alimento espiritual que lhe corresponde à posição evolutiva.
A abelha suga a flor, o abutre reclama despojos, o homem busca emoções.
Mas, ainda mesmo no terreno das emoções, cada Espírito exige tipos especiais.
Há sofredores inveterados que outra coisa não demandam além do sofrimento, pessimistas que se enclausuram em nuvens densas, atendendo a propósito deliberado, às vezes, por séculos vários.
Suprem a mente de torturas contínuas e não pretendem construir senão a piedade alheia, sob a qual se comprazem.
Temos os ironistas e caçadores de gargalhadas que apenas solicitam motivos para o sarcasmo de que se nutrem.
Observamos os discutidores que devoram páginas respeitáveis, com o único objetivo de recolher contradições para sustentarem polêmicas infindáveis.
Anotamos os temperamentos enfermiços que sorvem tóxicos intelectuais, através de livros menos dignos com a incompreensível alegria de quem traga envenenado licor.
Nos variados climas do mundo, há quem se alimente de tristeza, de insulamento, de prazer barato, de revolta, de conflitos, de cálculos, de aflições, de mentiras…
O discípulo de Jesus, porém — aquele homem que já se entediou das substâncias deterioradas da experiência transitória — pede a luz da sabedoria, a fim de aprender a semear o amor em companhia do Mestre…
Para os companheiros que esperam a vida renovada em Cristo, famintos de claridade interior é que esta página foi escrita.
[Dentro dele, não há palavras de revelação sibilina.]
[Traduz, simplesmente, um esforço para que nos integremos no Evangelho, celeiro divino do nosso pão de imortalidade.]
Não é exortação, nem profecia. É apenas convite.
Convite ao trabalho santificante, planificado no Código do Amor Divino.
Se a candeia ilumina, queimando o próprio óleo, se a lâmpada resplende, consumindo a energia que a usina lhe fornece, ofereçamos a instrumentalidade de nossa vida aos imperativos da perfeição, para que o ensinamento do Senhor se revele, por nosso intermédio, aclarando a senda de nossos semelhantes.
O Evangelho é o Sol da Imortalidade com que se ilumina a sabedoria, para a atualidade do mundo.
Brilhe vossa luz! ( † ) — proclamou o Mestre.
Procuremos brilhar! — repetimos nós.
Emmanuel
Psicografia de Francisco C. Xavier
[1] Essa mensagem, diferindo nas palavras marcadas e [entre colchetes], foi reduzido em relação à mensagem original publicada em 1951 pela FEB e é o prefácio do livro “Vinha de luz.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto restaurado.