“Há muitas moradas na casa de Nosso Pai”, ( † ) assevera-nos o Senhor nas bênçãos da Boa Nova.
Entretanto, viverás naquela que houveres erguido em favor de ti mesmo, segundo o ensinamento do próprio Mestre, que manda conferir a cada um de acordo com as próprias obras. ( † )
Observa [pois] como te situas no campo do mundo, compreendendo que o [teu] sentimento é a força a impelir-te para os círculos superiores ou para as esferas inferiores, onde tecerás teu ninho.
Não te valhas, [assim], da palavra para menosprezar as tarefas dos irmãos da jornada, nem para reprovar as aflições que vergastam a Terra.
Não te aproveites do conhecimento para condenar ou para destruir, [e] nem procures nas mãos do Cristo o martelo com que derribes, desapiedadamente, os domicílios alheios.
Não exibas a virtude nos gestos exteriores, porque a víbora da vaidade pode ferir-te quando suponhas colher as flores de imaginária vitória, [e] nem desejes a frente avançada no combate da regeneração com [o] desprestígio [e a derrocada] para os outros, porque é possível o teu apressado recuo para retificar decisões.
Lembremo-nos de que não há céu para quem não edificou o paraíso em si mesmo, e aprendamos, sobretudo, a sentir com o amor, a fim de que o amor nos eduque para a extinção das trevas.
Os maus moram nos fojos da delinquência; no entanto, esbarram sempre nas furnas de tardio arrependimento.
Aqueles que abusam dos recursos [divinos] que o Senhor lhes empresta estagiam nos desvãos do desequilíbrio, e os desequilibrados somente se deterão, por fim, no abismo da enfermidade.
Os desertores da luz jazem domiciliados nas sombras, e os habitantes das sombras demoram-se em lamentável cegueira de espírito.
As almas cristalizadas na crueldade estacionam nas enxovias do orgulho e do egoísmo, e os devotos do egoísmo e do orgulho acabam despertando nos despenhadeiros da morte.
Anota [desse modo], a natureza de teu campo íntimo e acautela-se para o futuro, porque, sem dúvida, há inúmeras moradas no Universo Infinito, mas viverás escravo ou senhor no templo do bem ou no cárcere do mal que tiveres escolhido para a tua residência nos caminhos da vida espiritual.
Emmanuel
[1] O título entre parênteses é o mesmo da mensagem original e seu conteúdo, diferindo nas palavras marcadas e [entre colchetes] foi publicada em fevereiro de 1957 pela FEB no Reformador e é também a 142ª lição do 4º volume do livro “O Evangelho por Emmanuel.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto restaurado.