O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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O Evangelho por Emmanuel — Volume IV

Comentários ao Evangelho segundo João

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Domicílios espirituais

1 “Há muitas moradas na casa de Nosso Pai” — assevera-nos o Senhor nas bênçãos da Boa Nova. ( † )

2 Entretanto viverás naquela que houveres erguido para ti mesmo, segundo o ensinamento do próprio Mestre, que manda conferir a cada um de acordo com as próprias obras. ( † )

3 Repara, pois, como te situas no campo do mundo, compreendendo que o teu sentimento é a força a impelir-te para os Círculos superiores ou para as Esferas inferiores, onde tecerás teu ninho.

4 Não te valhas, assim, da palavra para menosprezar as tarefas de teus irmãos, nem para reprovar as aflições que vergastam a Terra.

5 Não te aproveites do conhecimento para condenar ou para destruir e nem procures nas mãos do Cristo o martelo com que derribes, desapiedado, os domicílios alheios.

6 Não exibas a virtude nos gestos exteriores, porque a víbora da vaidade pode ferir-te quando suponhas colher as flores de imaginária vitória, e nem desejes a frente avançada no combate da purificação, com o desprestígio e a derrocada dos outros, porque é possível o teu apressado recuo para retificar decisões.

7 Lembremo-nos de que não há Céu para quem não edificou o paraíso em si mesmo, e aprendamos, sobretudo, a sentir com o amor, a fim de que o amor nos eduque para a extinção das trevas.

8 Os perversos moram nos fojos do crime e os crininosos esbarram sempre nas furnas de tardio arrependimento.

9 Aqueles que abusam dos recursos divinos que o Senhor lhes empresta, estagiam nos desvãos do desequilíbrio e os desequilibrados se detendo-se por fim, no abismo da enfermidade.

10 Os desertores da luz jazem domiciliados nas sombras e os habitantes das sombras demoram-se em lamentável cegueira de espírito.

11 As almas cristalizadas na crueldade estacionam nas enxovias do orgulho e do egoísmo e os devotos do egoísmo e do orgulho acabam despertando nos despenhadeiros da morte.

12 Observa, desse modo, a natureza de teu campo íntimo e acautela-te para o futuro, porque, sem dúvida, há inúmeras moradas no Universo Infinito, mas viverás viverás escravo ou senhor no templo do bem ou no cárcere do mal que tiveres escolhido para a tua residência nos caminhos da vida eterna.


Emmanuel



(Reformador, fevereiro 1957, página 33)


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