1 “Há muitas moradas na casa de Nosso Pai” — assevera-nos o Senhor nas bênçãos da Boa Nova. ( † )
2 Entretanto viverás naquela que houveres erguido para ti mesmo, segundo o ensinamento do próprio Mestre, que manda conferir a cada um de acordo com as próprias obras. ( † )
3 Repara, pois, como te situas no campo do mundo, compreendendo que o teu sentimento é a força a impelir-te para os Círculos superiores ou para as Esferas inferiores, onde tecerás teu ninho.
4 Não te valhas, assim, da palavra para menosprezar as tarefas de teus irmãos, nem para reprovar as aflições que vergastam a Terra.
5 Não te aproveites do conhecimento para condenar ou para destruir e nem procures nas mãos do Cristo o martelo com que derribes, desapiedado, os domicílios alheios.
6 Não exibas a virtude nos gestos exteriores, porque a víbora da vaidade pode ferir-te quando suponhas colher as flores de imaginária vitória, e nem desejes a frente avançada no combate da purificação, com o desprestígio e a derrocada dos outros, porque é possível o teu apressado recuo para retificar decisões.
7 Lembremo-nos de que não há Céu para quem não edificou o paraíso em si mesmo, e aprendamos, sobretudo, a sentir com o amor, a fim de que o amor nos eduque para a extinção das trevas.
8 Os perversos moram nos fojos do crime e os crininosos esbarram sempre nas furnas de tardio arrependimento.
9 Aqueles que abusam dos recursos divinos que o Senhor lhes empresta, estagiam nos desvãos do desequilíbrio e os desequilibrados se detendo-se por fim, no abismo da enfermidade.
10 Os desertores da luz jazem domiciliados nas sombras e os habitantes das sombras demoram-se em lamentável cegueira de espírito.
11 As almas cristalizadas na crueldade estacionam nas enxovias do orgulho e do egoísmo e os devotos do egoísmo e do orgulho acabam despertando nos despenhadeiros da morte.
12 Observa, desse modo, a natureza de teu campo íntimo e acautela-te para o futuro, porque, sem dúvida, há inúmeras moradas no Universo Infinito, mas viverás viverás escravo ou senhor no templo do bem ou no cárcere do mal que tiveres escolhido para a tua residência nos caminhos da vida eterna.
Emmanuel
[1] O título entre parênteses é o mesmo da mensagem original publicada em fevereiro de 1957 pela FEB no Reformador e é também a 142ª lição do 4º volume do livro “O Evangelho por Emmanuel.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto do livro impresso.