Fé e vida — Autores diversos


Capítulo 11


Trovas depois da morte n

Grupo Espírita da Prece, Uberaba (MG), 17 de março de 1989.

O momento de morrer

É uma tela iluminada

Que recorda o alvorecer

Nas horas da madrugada. ( † )

Lucano Reis


O verbo não elucida

Por mais esclareça e exorte:

Toda a morte que há na vida,

Toda a vida que há morte. ( † )

Boris Freire


Quem andou nas próprias dores,

Servindo e amando ao sofrê-las,

Vê na morte a noite calma

Toda esmaltada de estrelas. ( † )

Leôncio Corrêa


Ante a morte, frente a frente,

Senti um conflito assim:

Triste saudade pungente

Numa alegria sem fim… ( † )

S. Lasneau


Cegueira será na Terra

Talvez uma grande cruz,

No entanto, é o caminho certo

Para a vitória na luz. ( † )

Aderaldo Ferreira de Araújo


Felizmente hoje na Terra

Em plena renovação,

Se há quem morre de amor,

É só na televisão.

Cornélio Pires


A quem ama, serve e espera

O corpo é divina grade.

Morte é a chave que se ajusta

À porta da liberdade. ( † )

Dalmo Florence


A morte me lembra agora

Um sábio cirurgião

Que altera tudo por fora

Mas respeita o coração. ( † )

Raul Pederneiras


Cego no instante do adeus

Exclamei, voltando à luz:

— Louvado sejas, meu Deus!

— Bendito sejas, Jesus!… ( † )

Casimiro Cunha


Morte que não se provoca

É sempre bênção de paz,

Se temos remorso e luta,

É a consciência que traz.

Auta de Souza



[1] Esse capítulo, no livro impresso, foi produzido com versos extraídos do livro Trovas do Mais Além,  publicado em 1971 pela editora CEC.  Cada verso, diferindo nas palavras marcadas, traz no final um link que remete para o original; o autor dos mesmos é Sebastião Lasneau e não os trovadores cujos nomes estão destacados. — Esse capítulo foi restaurado: Texto restaurado.


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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