“E tendo mandado que a multidão se assentasse sobre a relva, tomou os cinco pães e os dois peixes e, erguendo os olhos ao céu, os abençoou, e, partindo os pães, deu-os aos discípulos, e os discípulos à multidão.” — (MATEUS, 14.19)
1 Ante o quadro da legião de famintos, qualquer homem experimentaria invencível desânimo, considerando a migalha de cinco pães e dois peixes.
2 Mas Jesus emprega o imenso poder da bondade e consegue alimentar a todos, sobejamente.
3 Observemos, contudo, que para isso toma os discípulos por intermediários.
4 O ensinamento do Mestre, nesse passo do Evangelho, é altamente simbólico.
5 Quem identifica a aluvião de males criados por nós mesmos, pelos desvios da vontade, na sucessão de nossas existências sobre a Terra, custa a crer na migalha de bem que possuímos em nós próprios.
6 Aqui, corrói a enfermidade, além, surge o fracasso, acolá, manifestam-se expressões múltiplas do crime.
7 Como atender às necessidades complexas?
Muitos aprendizes recuam ante a extensão da tarefa.
8 Entretanto, se o servidor fiel caminha para o Senhor, a migalha de suas luzes é imediatamente suprida pelo milagre da multiplicação, de vez que Jesus, considerando a oferta espontânea, abençoar-lhe-á o patrimônio pequenino, permitindo-lhe nutrir verdadeiras multidões de necessitados.
9 A massa de nossas imperfeições ainda é inaquilatável.
Em toda parte, há moléstias, deficiências, ruínas…
10 É imprescindível, no entanto, não duvidar de nossas possibilidades mínimas no bem.
Nossas migalhas de boa vontade na disposição de servir santamente, quando conduzidas ao Cristo, valem mais que toda a multidão de males do mundo.
Emmanuel