Opinião de Herodes sobre Jesus. Morte de João Batista †
14 Naquele tempo Herodes tetrarca ouviu a fama de Jesus.
2 E disse aos seus criados: Este é João Batista. Ele ressuscitou dentre os mortos, por isso opera tantos prodígios.
3 Porque Herodes tinha feito prender a João acorrentando-o, e assim, o encarcerou, por causa de Herodias, mulher de seu irmão.
4 Porque João lhe dizia: Não te é lícito tê-la por mulher.
5 E querendo matá-lo, temia ao povo; porque o reputavam como um profeta.
6 Mas no dia que se comemorava o natalício de Herodes, bailou a filha de Herodias diante de todos e agradou a Herodes.
7 Por onde ele lhe prometeu, com juramento, que lhe daria tudo o que lhe pedisse.
8 Mas ela, prevenida por sua mãe, disse-lhe: Dá-me aqui num prato a cabeça de João Batista.
9 O rei se entristeceu; mas pelo juramento e pelos que estavam com ele à mesa, lha mandou dar.
10 Deu ordem para que fossem degolar a João no cárcere.
11 Sua cabeça foi trazida num prato e dada à moça, que a levou à sua mãe.
12 Chegando os seus discípulos, levaram o seu corpo e o sepultaram; e foram dar a notícia a Jesus.
13 Quando Jesus a ouviu, se retirou dali numa barca a um lugar deserto, à parte; e tendo ouvido isto, as gentes foram saindo das cidades a pé em seu seguimento.
14 Ao saltar em terra viu Jesus uma grande multidão de gente e teve compaixão deles, e curou os seus enfermos.
15 Vindo a tarde se chegaram a ele os seus discípulos, dizendo: Este lugar é deserto, e a hora é já avançada; deixa ir essa gente, para que, passando às aldeias, compre de comer.
16 Jesus, porém, lhes disse: Não têm necessidade deles irem-se; dai-lhes vós mesmos de comer.
17 Responderam-lhe: Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes.
18 Trazei-os aqui para mim. Disse-lhes.
19 Tendo mandado à gente que se recostasse sobre o feno, pegou os cinco pães e os dois peixes, olhou para o céu e, abençoando-os, repartiu-os com os discípulos, e os discípulos com o povo.
20 Comeram todos e se saciaram. E levantaram, do que sobejou, doze cestos cheios daqueles fragmentos.
21 O número dos que comeram foi de cinco mil homens, sem falar em mulheres e crianças.
22 Ordenou Jesus a seus discípulos que embarcassem logo e passassem antes dele à outra margem do lago, enquanto ele despedia o povo.
23 Assim que os despediu, subiu a um monte para orar a sós. Quando veio a noite achava-se ali só.
24 O barco no meio do mar era açoitado pelas ondas, porque o vento era contrário.
25 Porém na quarta vigília da noite, n veio Jesus ter com eles, andando sobre o mar.
26 E quando o viram andar sobre o mar, se turbaram dizendo: É um fantasma. E de medo começaram a gritar.
27 Mas Jesus, acalmando-os, disse-lhes: Tende confiança, sou eu, não temais.
28 Pedro então lhe disse: Senhor, se és tu, manda-me que vá até onde estás por cima das águas.
29 Ele lhe disse: Vem. E descendo Pedro da barca, ia caminhando sobre a água para chegar a Jesus.
30 Vendo, porém, que o vento era rijo temeu, e quando se ia submergindo, gritou dizendo: Senhor, salva-me!
31 Estendendo-lhe logo a mão, Jesus lhe disse: Homem de pouca fé, por que duvidaste?
32 E depois que subiram à barca cessou o vento.
33 Então vieram os que estavam na barca e o adoraram, dizendo: Verdadeiramente és Filho de Deus.
34 Tendo passado à outra margem, foram para a terra de Genesaré.
35 Depois de o terem reconhecido, os varões locais mandaram avisos por toda aquela região, e trouxeram-lhe todos quantos padeciam algum mal;
36 Rogando-lhe que os deixasse tocar apenas a orla de suas vestes. E todos quantos as tocaram, ficaram sãos.
[1] Quarta vigília da noite: Período que se inicia as 4 e vai até as 6 horas da madrugada.
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- Pesquisa de livros, nas seguintes bíblias: Padre Antonio
Pereira de Figueiredo edição de 1828 | Padre João Ferreira A. d’Almeida,
edição de 1850 | A bíblia em francês de Isaac-Louis
Le Maistre de Sacy, da qual se serviu Allan Kardec na Codificação.
Veja também: Novum Testamentum Graece (NA28 - Nestle/Aland, 28th revised edition, edited by Barbara Aland
and others) Parallel
Greek New Testament by John Hurt.