1 Uma hora virá em que a senda terrestre se te revelará sob nova expressão.
2 Hora em que te despedirás de todos os patrimônios que desfrutaste no mundo…
3 Em que compreenderás na Terra a escola que te serviu generosamente…
4 Em que verás no corpo a armadura bendita a garantir-te o aprendizado…
5 Em que reconhecerás no ouro e na posse valiosos empréstimos do Divino Poder que detiveste a título precário…
6 Hora em que desejarias ter sido a melhor das criaturas para que a simpatia dos outros te acalente a alma inquieta…
7 Em que todos os nobres ideais não cumpridos surgirão a teus olhos, perguntando: — “por que nos esqueceste?…”
8 Em que a luz da memória te fará lembrar dia por dia, devolvendo-te a plantação do caminho percorrido em forma de colheita…
9 Hora em que o pensamento, por mais célere, não recuperará os minutos perdidos, em que as mãos, por mais diligentes, não conseguirão retroceder para realizar a tarefa menosprezada e em que a língua, por mais culta, não conseguirá recuar para refazer as palavras irrefletidas…
10 O aprendiz chega ao dia da aferição de aproveitamento, o operário atinge a ocasião em que será julgado pela obra feita…
11 Alcançarás, igualmente, a hora inevitável em que cessará tua presença visível entre os homens para que a Terra te julgue.
12 Vive, assim, de acordo com a simplicidade do amor e com os ditames da verdade, plasmando o bem por onde transites, sem olvidar os tesouros do tempo, de vez que o mal em nosso Espírito, ainda mesmo quando estejamos libertos da algema física pela graça da morte, será sempre o inferno que não nos permitirá viver o Céu nos Céus.
Emmanuel