18|01|1939
1 Maria, minha bondosa filha, se ontem dirigi ao Rômulo algumas palavras, quero hoje dirigi-las também a ti, desejoso de tua tranquilidade nos dias que passam. Também eu, querida, tenho direitos afetivos no teu coração filial e ainda uma vez sou eu quem te pede, minha filha, para continuar guardando o espírito do Rômulo no meio do caminho da vida. 2 Vês, minha filha, a ele não pedi o que te peço, porque conheço o teu coração sensível e generoso. Ajuda-o. Procura sempre agir de acordo com o companheiro que não vive mais se não por ti. Estes dias passarão depressa. São quase nada e, em breve, os netos estarão no santuário do lar, cultuando o teu e o nosso amor, como lhes constitui um sagrado dever. 3 Muitas vezes, os nossos têm sido injustos contigo, não sabem ver o teu íntimo e nem o conhecem, mas eu sei a filha que tenho e sabes como sempre te amei. Não quero ver-te chorando mais! Fico triste quando te contrarias, porque a bandeira da paz deve estar nas tuas mãos. Sei, querida, como consideras intimamente esses sagrados problemas de família, mas sei também que, como nunca, saberás vencer em todas as circunstâncias. 4 Sou eu, pois, minha filha, quem te pede perdão pelos nossos que deveriam compreender melhor a tua ação na intimidade familiar. Mas sabes como são todas estas coisas e é por isso que espero que transijas, querida, mais uma vez. A esposa, muitas vezes, deve, em algumas circunstâncias, errar com seu marido, mas nunca acertar contra ele. O Rômulo fica, às vezes, nervoso, mas sabes que a sua felicidade está tão somente contigo. Não duvides disto, querida, e conta com a nossa assistência carinhosa de sempre.
5 Deus te abençoe. Agradeço de coração, minha filha, todo o bem que tens proporcionado à minha alma. E é como pai que te quero ver muito satisfeita, muito tranquila e muito ditosa.
6 Que Deus abençoe a vocês é a prece que faz a Jesus o papai e amigo de todos os dias,
A. Joviano