O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Sementeira de luz — Mensagens familiares do Prof. Arthur Joviano (Neio Lúcio) e outros


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Problema de dotarmos alguém com a compreensão

17|01|1939


1 Meus caros filhos, Deus os abençoe, concedendo a vocês a tranquilidade de sempre, conservando-lhes, acima de tudo, a paz de espírito, que é o maior bem.

2 Volto hoje para o exame de nossos problemas familiares, fazendo votos a Jesus para que todas as questões se resolvam com fraternidade e paz para o coração de todos.

3 O problema de dotarmos alguém com a compreensão necessária e devida é quase sempre infrutífero, daí resultando a nossa necessidade de entregar a Deus todos os julgamentos e realizações inacessíveis ao nosso próprio esforço individual. Tudo tenho feito para que a harmonia volte a reinar em todos os corações e sei apreciar o esforço de vocês nesse sentido. Infelizmente, sob a alegação de divergências religiosas, teimam os nossos em perseverar numa situação sentimental incompreensível. Mas, meus filhos, que fazermos senão confiar tudo a Deus em nossos bons propósitos? Considero que vocês têm um patrimônio a velar e a defender, que é o da família constituída pela responsabilidade de ambos, sendo justo que se deem as mãos para essa atividade dignificante.

4 Aqui estou, portanto, para examinar o assunto com o mesmo amor e a mesma dedicação paternal de sempre para com todos. Em casa, é a luta de opiniões, as pequeninas divergências íntimas, o convencionalismo social, de vez em quando. Sei do esforço nobre das filhas no trabalho e conheço a grandeza do coração da velha companheira de tantos anos de lutas e de alegrias terrestres. Em cada dia, como sói acontecer sempre, estou junto dela para o desenvolvimento de suas atividades santificantes no santuário familiar. 5 Em todas as circunstâncias, auxilio a nossa santa Martha nas suas tarefas enobrecedoras na missão do ensino, busco cooperar com a Célia em seus trabalhos comuns, colaboro na ação da Lúcia, busco ajudar a Flora nos seus raciocínios, não me esqueço da Zina, bem como procuro sempre modificar as concepções do nosso Albino. Todos estão em minh’alma e em meu pensamento, todavia, deliberaram relegar como um assunto remoto a possibilidade de minha palavra após a morte. Quase todos sabem intimamente que é ainda a minha voz paterna e amiga que regressa do túmulo para auxiliar a todos, entretanto, os escolhos sociais são muito grandes para que eu seja integralmente compreendido.

6 Mas sei que tudo isto está certo na pauta da Misericórdia Divina e espero por melhores oportunidades. Não desanimemos. Peço-lhes, a ambos, que não retribuam ciúme com ciúme, mas sim com amor, sempre que esse amor possa ser entendido e proveitoso.

7 Vocês têm deveres muito sagrados e precisam se unir, cada vez mais, para a sua observação e para o seu pleno cumprimento na vida. Guardem as suas normas e as suas decisões no melhor sentimento de fraternidade e de paz, e busquem andar constantemente nessas linhas. O instituto da família tem os seus cadinhos purificadores e essas lutas íntimas temperam melhor a vontade de realizar o bem e de construir a compreensão perfeita entre todos.

8 Você, Rômulo, use a Ignatia Amara por dois dias. Isto lhe fará muito bem. Não se deixe levar em demasia pelos aborrecimentos da vida comum. Sei que para a nossa formação afetiva eles são muito grandes, mas precisamos considerar que hoje tem deveres de esposo e de pai, muito nobres para serem menosprezados. Deus o fortaleça, meu filho, como à Maria, auxiliando os nossos a entenderem melhor os meus apelos. Sua mãe vai melhor de saúde e tenho feito por ela tudo o que me é possível.

9 Que Deus abençoe a todos, concedendo-lhes as graças de Sua paz sacrossanta, é a súplica sincera que eleva aos céus o papai muito amigo,


A. Joviano


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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