O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Sementeira de luz — Mensagens familiares do Prof. Arthur Joviano (Neio Lúcio) e outros


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O Evangelho é a nossa fonte

30|08|1944


1 Meus caros filhos, Deus abençoe a vocês, enchendo-lhes o espírito de coragem e paz no caminho de luta purificadora.

2 Continuemos em nossa comunhão com o Cristo, através de nosso intercâmbio espiritual — o Evangelho é a nossa fonte.

3 Não creiam que vivamos aqui sem preocupações intensas e fortes. A fadiga que nos surpreende, por vezes, não é bem o cansaço que derruba as forças do espírito encarnado, mas é também exaustão, esgotamento, necessidade de energias novas. Grande é a luta e só o Evangelho é a fonte regeneradora. As surpresas aqui são de molde a espantar os próprios espíritas, no tocante a trabalho e realização. Ai daqueles que não trazem, pelo menos, a alfabetização primária do espírito em serviço!

4 É cruel encontrar-se o homem desencarnado sem ideal, sem bússola, sem instrumento, sem roteiro! Por isso, aceitem as lutas como bênçãos! A criatura muito favorecida pelas facilidades atrofia-se espiritualmente muito depressa. A tempestade saneia, a dor corrige, o trabalho educa, a perseverança aprende, o sofrimento agravado purifica sempre. É preciso levar esses ensinamentos em conta para sabermos como extrair os tesouros da experiência.

5 Aqui também, onde estamos, o serviço não é diverso. Em toda parte defronta-nos o estado evolutivo de cada um. O ignorante não é mau deliberadamente, mas porque não sabe. O fraco recua nos grandes momentos, porque lhe falta forças. O infeliz se revolta, não por perversidade, mas porque é pobre de confiança e fé. Não é muito mais feliz o que sabe, o que se fortalece e o que espera, compreendendo as bênçãos de Deus? Não será felicidade conhecer o local escuro, onde se demora esse ou aquele irmão, no sentido de lhe ser útil de alguma sorte? 6 Um dia, vocês verão isso aqui com uma intensidade de pasmar aos homens mais experientes! Creem que posso exercer meu ministério de educador modesto, junto das entidades ignorantes, sem tolerar-lhes a condição inferior e ouvir-lhes os remoques? Impossível! A paisagem é bela e divina no Mais Além, no lar espiritual a que me recolho para renovar forças, mas no plano de movimentação e utilidade imediata dos conhecimentos adquiridos os problemas são os mesmos, e talvez ainda mais fortes!

7 Imaginemos uma escola frequentada por carvoeiros estranhos à organização familiar e às noções de higiene. Precisamos alcançar resultados que animem, necessitamos começar, é imprescindível semear a luz, mas não podemos fazê-lo à distância dos quadros relativos ao carvão. A posição dos alunos é ponto de partida na obra educativa. Cada lição tem seu dia, como cada fruto, o seu tempo. Seria desarrazoado ensinar, por exemplo, os dez mandamentos a dez esfomeados, em desespero. Primeiramente, há que dar-lhes algum pão. Esta é a situação de quem se propõe a qualquer serviço edificante na Terra. Não se fará se exigirmos que todos os beneficiários do serviço sejam reconhecidos e compreendedores. A maioria é terra por desbravar.  8 Sem levarmos em conta a ignorância e a enfermidade espiritual da maioria dos homens, torna-se impossível servi-los. Por esta razão, nunca será lembrado sem proveito o ensinamento do “perdoai setenta vezes sete”. ( † ) De minha parte, as minhas recapitulações ultrapassam, de muito, o número, e cada recapitulação na vida humana significa sublime concessão do Senhor ao devedor em dificuldade. Jesus é o modelo. Se o seu pensamento orientador e divino ainda é repelido por tanta gente, por que criarmos idolatria com o mínimo que já conseguimos? Entreguemos a ele o nosso trabalho! Ele saberá tudo dispor.

9 Relativamente à viagem, meu filho, não deixe de levar os seus remédios. É sempre útil conduzir conosco esses bons amigos das “fábricas celulares”. São indispensáveis à boa ordem. Não deixe de incluir o Lachesis. Maria e Wanda vão bem, todavia, de vez em quando, devem usar os preventivos da gripe. Ganha-se muito.

10 Por hoje, não me é possível ir mais longe. Que o Senhor abençoe a vocês, são os votos sinceros do papai que não os esquece.


A. Joviano


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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