O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Sementeira de paz — Mensagens familiares do Prof. Arthur Joviano (Neio Lúcio) e outros


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A questão educativa

06/02/1946


1 Meus caros filhos, Deus abençoe a vocês, conferindo-lhes muita paz aos corações.

2 Estamos apreciando com satisfação o cuidado de vocês no capítulo da defesa doméstica. Há um velho rifão que afirma ser “o filho alheio brasa no seio”. Dá mais preocupações, desperta instintos naturais de defesa. Quando se contrata um serviço sem maior atenção para com o servidor, semelhantes situações não acordam a noção dos compromissos, todavia, no lar cristão, o servidor é mais que uma pessoa habilitada ao trabalho. É o primeiro marco de continuação da família particular para a família humana, o traço de união entre a alma em missão doméstica e o mundo maior. Dou-lhes, portanto, muita razão. A questão educativa é cada vez mais palpitante. Sem que a defrontemos com boa vontade, é impossível a realização do que pretendemos — um “hoje” mais equilibrado a caminho de um “amanhã” mais feliz.

3 Nessa marcha de oração e vigilância, andaremos sempre bem. Há dias e noites em que a prece pode chegar antes da defesa. Mas haverá ocasiões em que a vigilância deve entender-se conosco antes da oração. “Contemplemos olhando” diz-nos o nosso amigo Emmanuel, e creio que a razão está aqui nessas duas palavras aparentemente iguais em significação.

4 Rômulo, sei como o nosso amigo General Aurélio tem sentido falta de sua presença no Rio para um entendimento pessoal. n Quero crer que você não possa, nem deseje tomar a iniciativa com brevidade, entretanto, estude-a calmamente. Quando não seja para alcançar o “objetivo” total do empreendimento, será útil para aplainar os caminhos e desfazer qualquer nota de incompreensão gerada pela boa vontade dos nossos amigos. 5 Não pretendo dizer, com isso, que você deva contrariar o seu impulso de abstenção e desejo apenas que você examine a possibilidade com simpatia, atendendo-a, em momento que se faça oportuno, sem delongas que imponham rumo contrário aos seus trabalhos e com benefícios para a sua saúde e acerto das opiniões gerais. É um parêntesis que abro em seus pensamentos. O resto da decisão virá com o estudo e com a experiência. É sempre melhor esperar alguma coisa ou alguns dias antes de resolver sobre assunto que nos demora no coração e na mente. Estaremos auxiliando o General com recursos espirituais que lhe restaurem a sintonia psíquica.

6 Agradeço as preces com que vocês me ajudam. Recebo diariamente a quota de lembranças sagradas que vocês me dedicam bondosamente. O que lhes pedi foi um “abono espiritual” para serviço que realizaremos com a graça do Alto. Creiam, você e Maria, que tenho recebido muita cooperação de ambos nos momentos de sono físico porque a recordação de meu pedido orienta melhor a cooperação espiritual de vocês em nosso trabalho. Que Deus os abençoe.

7 Desejo-lhes muitas felicidades e, embora peça a você, meu filho, continue com os passes na região de sede da circulação, cumprimento a todos pelas melhoras gerais. Não sou mais extenso em tais felicitações para não acordar a gripe com o “barulho”. Todos os seus doentes, meu caro filho, que são agora uma “família crescente”, estão recebendo auxílio. Seu caderno é valioso ponto de referência espiritual ao serviço.

8 Boa noite para vocês todos. Desejando-lhes muita saúde e paz, com alegria e gosto de viver com Jesus, abraça-os muito afetuosamente o papai de sempre,


A. Joviano



[1] Nota da organizadora: em referindo-se ao General Aurélio de Amorim, meu avó materno, que residia na capital do Rio de Janeiro. Para maiores dados da família Amorim, sugerimos a leitura de Sementeira de luz (VINHA DE LUZ, 3. ed., 2008), Deus conosco (VINHA DE LUZ, 2. ed., 2008) e Militares no Além (VINHA DE LUZ, 2008).


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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