1 O êxito dos falsos profetas, em nossa vida, surge na proporção de falsidade que ainda abrigamos em nosso próprio Espírito.
2 O ouro tenta o homem mas não move o interesse do corvo. Os detritos atraem o corvo mas apenas provocam a repugnância do homem.
3 Somos tentados invariavelmente de acordo com a nossa própria natureza.
4 A perturbação não lançaria raízes no solo de nossa alma, se aí não encontrasse terreno adequado.
5 Não nos libertaremos, assim, das forças enganadoras que nos cercam, sem a nossa própria libertação dos interesses inferiores.
6 O ouvido que oferece asilo à calúnia, é cultor da maledicência.
7 A boca que se detém na resposta ao insulto, naturalmente estima a produção verbal de crueldade e sarcasmo.
8 Quem muito se especializa na contemplação do charco, traz o pântano dentro de si.
9 Quem se consagra sistematicamente à fuga do próprio dever, aceita a comunhão com criaturas indisciplinadas como se convivesse com mártires e heróis.
10 Quem apenas possui visão para a crítica, encontra prazer com os censores inveterados e com os incuráveis pessimistas que somente identificam a treva ao redor dos próprios passos.
11 Tenhamos cautela em nós mesmos, a fim de que a nossa defensiva contra a mentira e contra a ilusão funcione, eficiente.
12 Não seríamos procurados pelos adversários da Luz se não cultivássemos a sombra.
13 Jamais ouviríamos o apelo às nossas vaidades se não vivêssemos reclamando o envenenado licor da lisonja ao nosso próprio “eu” enfermiço.
14 Procuremos as situações e os acontecimentos, as criaturas e as cousas pelo bem que possam produzir, nunca pelo estímulo ao nosso personalismo desregrado, e os problemas da tentação degradante estarão resolvidos em nossa marcha.
15 “A árvore é conhecida pelos frutos” ensina o Senhor, ( † ) e seremos queridos e admirados pelos Espíritos que nos rodeiam através de nossos próprios pensamentos e através de nossas próprias obras.
16 Sejamos fiéis ao Senhor, na prática do amor puro, em qualquer confissão religiosa a que nos afeiçoemos e as forças infiéis à verdade não encontrarão base em nossa vida, de vez que a Vontade Divina, e não o nosso capricho, será então a luz santificadora de nossos próprios corações.
Emmanuel
Essa mensagem, diferindo apenas nas palavras marcadas do indicador 15, foi publicada em dezembro de 1953 pela FEB no Reformador, página 279 e é também a 218ª lição do 1º volume do livro “O Evangelho por Emmanuel.”