1 Perdidos no vale das sombras, padecíamos dolorosa cegueira espiritual; quando o Vidente Divino veio até nós, fazendo claridade em nosso caminho para Deus.
2 O amor e o sacrifício, no trabalho do bem aos semelhantes, foram a senha de seu apostolado.
3 Não obstante nossos desvios e enfermidades, apesar das trevas em que nos mergulhávamos, não nos considerou imprestáveis para a continuação do Reino Celeste na Terra. Estendeu-nos mãos salvadoras e abriu-nos sublime campo de atividade renovadora.
4 Por que não imitarmos o exemplo do Mestre, diante dos companheiros temporariamente privados da luz?
5 O cego não é inválido, nem inútil. É nosso irmão aguardando concurso fraterno, a fim de habilitar-se para mais amplo serviço ao Senhor, à Humanidade e a si mesmo.
6 Ampará-lo é simplesmente dever.
7 Auxiliemo-lo, assim, a vencer na jornada sombria, seguindo os passos d’Aquele que nos declarou há quase vinte séculos: “Eu sou a luz do mundo — quem me segue não anda em trevas.” ( † )
Emmanuel
(Psicografado em 22 de julho de 1947, em Pedro Leopoldo, Minas, com destino ao Ateneu Brasileiro dos Cegos.)