O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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O Evangelho por Emmanuel — Volume I

Comentários ao Evangelho segundo Mateus

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Tentações

1 O êxito dos falsos profetas, em nossa vida, surge na proporção de falsidade que ainda abrigamos em nosso próprio Espírito.

2 O ouro tenta o homem, mas não move o interesse do corvo. Os detritos atraem o corvo, mas apenas provocam a repugnância do homem.

3 Somos tentados invariavelmente de acordo com a nossa própria natureza.

4 A perturbação não lançaria raízes no solo de nossa alma, se aí não encontrasse terreno adequado.

5 Não nos libertaremos, assim, das forças enganadoras que nos cercam, sem a nossa própria libertação dos interesses inferiores.

6 O ouvido que oferece asilo à calúnia, é cultor da maledicência.

7 A boca que se detém na resposta ao insulto, naturalmente estima a produção verbal de crueldade e sarcasmo.

8 Quem muito se especializa na contemplação do charco, traz o pântano dentro de si.

9 Quem se consagra sistematicamente à fuga do próprio dever, aceita a comunhão com criaturas indisciplinadas como se convivesse com mártires e heróis.

10 Quem apenas possui visão para a crítica, encontra prazer com os censores inveterados e com os incuráveis pessimistas, que somente identificam a treva ao redor dos próprios passos.

11 Tenhamos cautela em nós mesmos, a fim de que a nossa defensiva contra a mentira e contra a ilusão funcione, eficiente.

12 Não seríamos procurados pelos adversários da Luz se não cultivássemos a sombra.

13 Jamais ouviríamos o apelo às nossas vaidades se não vivêssemos reclamando o envenenado licor da lisonja ao nosso próprio “eu” enfermiço.

14 Procuremos as situações e os acontecimentos, as criaturas e as coisas pelo bem que possam produzir, nunca pelo estímulo ao nosso personalismo desregrado, e os problemas da tentação degradante estarão resolvidos em nossa marcha.

15 “A árvore é conhecida pelos frutos” ensina o Senhor, ( † ) e seremos queridos e admirados pelos Espíritos que nos rodeiam, de acordo com os nossos próprios pensamentos e as nossas próprias obras.

16 Sejamos fiéis ao Senhor, na prática do amor puro, em qualquer confissão religiosa a que nos afeiçoemos, e as forças infiéis à verdade não encontrarão base em nossa vida, de vez que a Vontade Divina, e não o nosso capricho, será então a luz santificadora de nossos próprios corações.


Emmanuel



(Reformador, dezembro de 1953, página 279.)


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