Reunião pública de 26-8-1960.
Questão n.º 216.
1 Encarecendo a prática do bem por base da cooperação com os instrutores desencarnados, no campo mediúnico, não será lícito esquecer o imperativo da educação.
2 Não somente ajudar, mas também discernir.
3 Não apenas derramar sentimentos como quem faz do peito cofre aberto, atirando preciosidades a esmo, mas articular raciocínios, aprendendo que a cabeça não é simples ornamento do corpo.
4 Coração e cérebro, sintonizados na criatura, assemelham-se de algum modo ao pêndulo e ao mostrador no relógio. O coração, à maneira do pêndulo, marca as pulsações da vida; entretanto, o cérebro, simbolizando o mostrador, estabelece as indicações. No trabalho em que se conjugam, um não vai sem o outro.
5 Tornemos ao domínio da imagem, para clareza do assunto.
6 Operário relapso não encontra chefe nobre.
7 Escrevente inculto não se laureia em provas de competência.
8 Enfermeiro bisonho complica a assistência médica.
9 Aluno vadio é problema para o professor.
10 Na mediunidade, quanto em qualquer outro gênero de serviço, é indispensável que o colaborador se interesse pela melhoria dos próprios conhecimentos, a fim de valorizar o amparo que o valoriza.
11 Tarefa mediúnica sustentada através do tempo não brota da personalidade. Exige burilamento, disciplina, renunciação e suor.
12 A educação confere discernimento. E o discernimento é a luz que nos ensina a fazer bem todo o bem que precisamos fazer.
13 É por isso que Jesus avisou no Evangelho: “Brilhe a vossa luz diante dos homens para que os homens vejam as vossas boas obras.” ( † ) É ainda pela mesma razão que o Espírito da Verdade recomendou a Allan Kardec gravasse na Codificação do Espiritismo a inolvidável advertência: “Espíritas, amai-vos! — Eis o primeiro ensino. Instruí-vos! — Eis o segundo.” ( † )
Emmanuel