1 Não passes distraído, diante da dor.
2 Nesses semblantes, que o sofrimento descoloriu e nessas vozes fatigadas, em que a tortura plasmou a escala de todos os gemidos, Jesus, o nosso Mestre Crucificado, continua incompreendido e desfalecente…
3 Nessas longas multidões de aflitos e infortunados, encontrarás a nossa própria família.
4 Quantos deles albergaram esperanças, iguais àquelas que nos alimentam os sonhos, sem qualquer oportunidade de realização? 5 Quantos tentaram atingir a presença da luz, incapazes de vencer a opressão das trevas?!…
6 Essas crianças, caídas no berço da angústia, esses enrugados velhinhos sem ninguém, essas criaturas que a ignorância e a provação mergulharam no poço da enfermidade ou no espinheiro do crime, são nossos irmãos, à frente do Eterno Pai!…
7 Estende-lhes tua alma, na dádiva que possas oferecer, guardando a certeza de que, amanhã, provavelmente, estarás também suspirando pelo bálsamo do socorro, na bênção de um pão ou na luz de uma prece amiga!
8 Recorda que as mãos, hoje, por ti libertadas dos grilhões da penúria, podem ser aquelas que, amanhã, chegarão livres e luminosas, em teu auxílio!…
9 Ao pé de cada coração desventurado, Jesus nos espera, em silêncio.
10 Socorre, pois, meu irmão, e na doce melodia do bem, ainda mesmo que dificuldades e sombras te ameacem a luta, ouvirás, no imo do coração, a voz do Divino Mestre, a encorajar-te, paciente e amoroso: “Tem bom ânimo! Eu estou aqui.” ( † )
Meimei
[1] O título entre parênteses é o mesmo da mensagem original publicada em 1978 pelo IDE e é a 37ª lição do
livro “Caridade.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto do livro impresso.