1 Bem-aventurados os aflitos, desde que não convertam a própria dor em azorrague de recriminações sobre a face alheia.
2 Bem-aventurados os que choram, ( † ) desde que não transformem as próprias lágrimas em venenosa indução à preguiça.
3 Bem-aventurados os sedentos de justiça, ( † ) desde que se abstenham de demandas domésticas ou de querelas nos tribunais, que apenas lhes agravariam os próprios débitos, ante a Lei.
4 Bem-aventurados os humildes de espírito, ( † ) desde que não conduzam a própria modéstia ao caminho do orgulho em que se entregarão, desvairados, à crítica desairosa e à condenação sistemática dos companheiros que lhes partilham a senda.
5 Bem-aventurados os misericordiosos, ( † ) desde que não façam da compaixão simples peça verbal, para discurso brilhante.
6 Aflição com revolta chama-se desespero. Pranto com rebeldia é poço de fel.
7 Sede de justiça, com reivindicações apressadas, é destrutiva exigência.
8 Singeleza com reproches à conduta alheia é sistema de crueldade.
9 Misericórdia sem esforço de auxílio é simples ornamento na boca.
10 Cogitemos de assimilar as bem-aventuranças divinas, sem nos esquecermos, porém, de que todas elas traduzem atitudes da consciência e gestos do coração, porque só no coração e na consciência é que se fundamentam os alicerces do glorioso Reino de Deus.
Emmanuel
[1] Essa mensagem foi publicada em dezembro de 1959 pela FEB no Reformador e é também a 25ª lição do 1º volume do livro “O Evangelho por Emmanuel.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto do livro impresso.