O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Palavras de vida eterna — Emmanuel


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Jesus e paz

“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá…” — JESUS (João, 14.27)


1 A paz do mundo costuma ser preguiça rançosa.
A paz do espírito é serviço renovador.

2 A primeira é inutilidade.
A segunda é proveito constante.


3 Vejamos o exemplo disso em nosso Divino Mestre.
Lares humanos negaram-lhe o berço.
Mas o Senhor revelou-se em paz na estrebaria.


4 Herodes perseguiu-lhe, desapiedado, a infância tenra.
Jesus, porém, transferindo-se de residência, em favor do apostolado que trazia, sofreu, tranquilo, a imposição das circunstâncias.


5 Negado pela fortuna de Jerusalém, refugiou-se, feliz, em barcas pobres da Galileia.

6 Amando e servindo os necessitados e doentes recebia, a cada passo, os golpes da astúcia de letrados e casuístas de seu tempo; contudo, jamais deixou, por isso, de exercer, imperturbável, o ministério do amor.

7 Abandonado pelos próprios amigos, entregou-se serenamente à prisão injusta.

8 Sob o cuspo injurioso da multidão foi açoitado em praça pública e conduzido à crucificação, mas voltou da morte, aureolado de paz sublime, para fortalecer os companheiros acovardados e ajudar os próprios verdugos.

9 Recorda, assim, o exemplo do Benfeitor Excelso e não procures segurança íntima fora do dever corretamente cumprido, ainda mesmo que isso te custe o sacrifício supremo.

10 A paz do mundo, quase sempre, é aquela que culmina com o descanso dos cadáveres a se dissociarem na inércia, mas a paz do Cristo é o serviço do bem eterno, em permanente ascensão.


Emmanuel



(Reformador, julho de 1959, p. 146)


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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