1 A preguiça conserva a cabeça desocupada e as mãos ociosas.
2 A cabeça desocupada e as mãos ociosas encontram a desordem.
3 A desordem cai no tempo sem disciplina.
4 O tempo sem disciplina vai para a invigilância.
5 A invigilância patrocina a conversação sem proveito.
6 A conversação sem proveito entretece as sombras da cegueira de espírito.
7 A cegueira de espírito promove o desequilíbrio.
8 O desequilíbrio atrai o orgulho.
9 O orgulho alimenta a vaidade.
10 A vaidade agrava a preguiça. n
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11 Como é fácil de perceber, a preguiça é suscetível de desencadear todos os males, qual a treva que é capaz de induzir a todos os erros.
12 Compreendamos, assim, que obsessão, loucura, pessimismo, delinquência ou enfermidade podem aparecer por autênticas fecundações da ociosidade intoxicando a mente e arruinando a vida. E reconheçamos, de igual modo, que o primeiro passo para libertar-nos da inércia será sempre: trabalhar.
Emmanuel
[1] [v. Sorites.]