1 Quando te dirijas ao Senhor, implorando o amparo de que te julgas em necessidade premente, pensa nos outros, naqueles outros que te seguem a marcha, suspirando pelas migalhas das sobras que desperdiças.
2 Rogas tranquilidade, e reconforto para os entes amados que te povoam o reino doméstico.
Natural assim faças. No entanto, imagina os padecimentos daqueles que vagueiam sem teto.
3 Aguardas a supressão imediata dos males que te fustigam o corpo, amparado pelos melhores recursos da medicina.
Justo assim te orientes. Contudo, pondera o suplício dos que agonizam sem assistência esperam a própria morte, sem a bênção de um leito.
4 Suplicas proteção e segurança para os filhos queridos, acobertados por teu afeto, a fim de que vençam galhardamente as dificuldades do mundo.
Compreensível que assim procedas. Recorda, porém, o martírio daqueles outros pais e mães que dariam a vida para arrancarem os filhos do coração ao chavascal da penúria.
5 Queres aumentar os salários e rendimento que te felicitam os dias, para a realização de teus ideais.
Razoável assim te guies. Entretanto, medita na aflição dos que jazem afundados em pauperismo, para os quais algumas poucas moedas de tuas mãos generosas constituem assunto de base da fé em Deus, entre vibrações de alegria e preces de gratidão.
6 Pretendes aumentar conhecimentos e títulos que te consolidem autoridade e influência, solicitando, para isso, condição e tempo, de conformidade com os teus desejos.
Cabível assim te comportes. Todavia, lembra-te dos companheiros absolutamente desarmados de oportunidade e cultura, para quem uma frase de simpatia ou de socorro da tua parte é uma luz no caminho.
7 O Céu te concede mais recursos para que auxilies o próximo que tem menos.
Pede à Providência Divina aquilo que te falta, suprindo, quanto possível, aquilo que falte aos outros.
8 A vida te ajuda para que ajudes.
Deus te dá para que dês.
Emmanuel