O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Presença de Chico Xavier — Depoimentos diversos / Mensagens familiares


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Ao meu caro Quintão n

1 Quintão, eu sei da saudade
Que te aperta o coração,
Dos nossos dias passados,
Que tão distantes se vão.


2 Vassouras!… belas paisagens
Cheias de vida e de cor,
Um céu azul e estrelado
Cobrindo uns ninhos de amor.


3 Árvores fartas e verdes
Pela alfombra dos caminhos,
A ermida branca e suave
De ternos, doces carinhos.


4 O nosso amigo Moreira
E a sua barbearia,
Onde uma vez me encontraste
Na minha noite sombria.


5 Detalhes cariciosos
Da vida singela e calma,
Vida de encantos divinos
Que eu via com os olhos d’alma.


6 Meus pobres versos — “Singelos”,
“Aves implumes” da dor,
Que traduziam no mundo
O meu pungente amargor.


7 A minha pobre Carlota,
A companheira querida,
O raio de claridade
Da noite da minha vida.


8 Os artigos do Bezerra
De outros tempos, no “O País”,
O mestre da Velha Guarda,
Unida, forte e feliz.


9 A tua doce amizade
À luz do Consolador,
Teu coração generoso
De amigo, irmão e mentor.


10 Ah! Quintão, hoje os meus olhos
Embebedam-se de luz,
Pelas estradas sublimes
Da santa paz de Jesus!


11 Mas não sei onde a saudade
É mais forte nos seus véus,
Se pelas sombras da Terra,
Se pelas luzes dos Céus.


Casimiro Cunha



Esta poesia singela e, por assim dizer, intimamente pessoal; foi recebida em circunstâncias imprevistas e timbra episódios velhos de mais de 30 anos, que o médium não podia conhecer, atento mesmo a sua banalidade. Singelos e Aves Implumes são títulos de dois pequenos volumes de versos publicados em começos do século. Carlota é o nome da esposa do poeta cego, também cegada de uma vista, por acidente, depois de casada. (Nota de M. Quintão).


[1]Parnaso de Além-Túmulo” Fed. Esp. Brasileira, 8ª edição, págs. 191 e 421. E às págs. 224 e 234-5 da 10ª edição.


Texto extraído da 2ª edição desse livro.

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