1 Finados? Não. Que o mundo é de amargores.
O degredo, onde, em provas remissivas,
Nós colhemos as flores compassivas
Por entre espinhos dilaceradores.
2 Flores da paz, oriundas dessas dores
Tão amargosas, quanto iterativas,
Que fulguram nas almas redivivas
Apuradas nos prantos redentores.
3 Finados? Não, que a morte é a própria vida
Escoimada da sombra denegrida
Dos enganos da vida transitória;
4 É a porta aberta da imortalidade,
A desejada posse da verdade
Para a conquista da suprema glória.
Cruz e Souza
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