Cap. VIII — Item 4.
1 Construíste palácio que assombram a Terra; entretanto, se me largas ao relento, porque me faltem recursos para pagar hospedagem, é possível que a noite me enregele de frio.
2 Multiplicaste os celeiros de frutos e cereais, garantindo os próprios tesouros; contudo, se me negas lugar à mesa, porque eu não tenha dinheiro a fim de pagar o pão, receio morrer de fome.
3 Levantaste universidades maravilhosas, mas, se me fechas a porta da educação, porque eu não possua uma chave de ouro, temo abraçar o crime, sem perceber.
4 Criaste hospitais gigantescos; no entanto, se não me defendes contra as garras da enfermidade, porque eu não te apresente uma ficha de crédito, descerei bem cedo ao torvelinho da morte.
5 Proclamas o bem por base da evolução; todavia, se não tens paciência para comigo, porque eu te aborreça, provavelmente ainda hoje cairei na armadilha do mal, como ave desprevenida no laço do caçador.
6 Em nome de Deus que dizes amar, compadece-te de mim!…
7 Ajuda-me hoje para que eu te ajude amanhã.
8 Não te peço o máximo que alguém talvez te venha a solicitar em meu benefício…
Rogo apenas o mínimo do que me podes dar para que eu possa viver e aprender.
Meimei