Cap. XIII — Item 9.
1 Amigo, atendamos ao apelo da fraternidade.
2 Abra a própria alma às manifestações generosas para com todos os seres, sem trancar-se na torre das falsas situações perante o mundo.
3 A pretexto de viver com dignidade, não caminhe indiferente ao passo dos semelhantes.
4 Busque relacionar-se com as pessoas de todos os níveis sociais, tendo amigos além das fronteiras do lar, da fé religiosa e da profissão.
5 Evite a circunspecção constante e a tristeza sistemática que geram a frieza e sufocam a simpatia.
6 Não menospreze a pessoa mal vestida nem a pessoa bem-posta.
7 Não crie exceções na gentileza para com o companheiro menos experiente ou menos educado, nem humilhe aquele que atenta contra a gramática.
8 Não deixe correr meses sem visitar e falar aos irmãos menos favorecidos, ignorando a dor que acaso exista.
9 Não condicione as relações com os outros ao paletó e à gravata, às unhas esmaltadas ou aos sapatos brilhantes que possam mostrar.
10 Não se escravize ao título convencional e nem exagere as exigências de sua posição em sociedade.
11 Dê atenção a quem lha peça, sem criar empecilhos.
12 Trave conhecimento com os vizinhos, sem qualquer solenidade.
13 Faça amizade desinteressadamente.
14 Aceite o favor espontâneo e preste serviço também sem pensar em remuneração.
15 Ninguém pode fugir à convivência da Humanidade.
16 Saiba, pois, viver com todos para que o orgulho não lhe solape o equilíbrio.
17 Quem se encastela no próprio espírito é assim como o poço de água parada que envenena a si mesmo.
18 Seja comunicativo.
19 Sorria à criança.
20 Cumprimente o velhinho.
21 Converse com o doente.
22 Liberte o próprio coração, destruindo as barreiras de conhecimento e fé, título e tradição, vestimenta e classe social, existentes entre você e as criaturas, e a felicidade que você fizer para os outros será luz da felicidade sempre maior brilhando em você.
André Luiz