1 O carapina Tonho Macambira,
Fazedor de caixões no Sítio Claro,
Estava rico à custa do descaro
Com que explorava a morte do caipira.
2 Dava aos doentes cuias de tiquira,
Queria sepultura e desamparo…
Parecia cachorro de bom faro
Tomando o cobre em contas de mentira.
3 Mas Tonho faleceu numa caçada…
Atirou nele mesmo, de arrancada,
Quando espantava abelha e muriçoca.
4 E seja pela culpa ou pelo peso,
O Espírito de Tonho ficou preso
Sete anos no barro com minhoca…
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