1 Nhá Bela jaz ferida na barraca.
Em vão fora pedir gotas de arnica,
Pois o moço dissera na botica:
— “Não atendo gamboa na ressaca.”
2 Tem febre alta… O corpo tremelica…
Sozinha, encontra o chão por leito e maca…
Perde sangue… Delira… Está mais fraca…
Lavadeira de tanta gente rica!…
3 Chora na noite escura que a regela,
Mas alguém rompe a sombra e diz: “Nhá Bela!”
E a pobre clama: “Oh! filho, dá-me luz!…”
4 Brilha o zinco da choça de repente
E na morte que a beija, docemente,
Deslumbrada, Nhá Bela vê Jesus!
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