1 Nhá Zizita, na Rua do Barreiro,
Já sentia, de muito dar na trela,
Calo de cotovelo na janela
Onde espiava gente o dia inteiro.
2 Calúnia e invencionice era com ela,
Gostava de folia e de berreiro.
O povo comentava, chocarreiro:
— “Jabiraca da língua de sovela!”
3 Nhá Zizita morreu… Desencarnada,
Viu atrás dela enorme trapalhada
E gritava: — “Meu Deus! Meu Deus, me acuda!
4 Deus teve dó de tanto sofrimento
E deu a ela um novo nascimento,
Mas Nhá Zizita, agora, nasceu muda…
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